Na última quinta-feira (28), um padre foi preso em flagrante por armazenar cerca de 1,5 mil fotos de pornografia infantil em pendrives. A operação, autorizada pela Justiça, foi realizada após denúncias de que o religioso mantinha relações sexuais com uma menina de 10 anos.
Agentes da Polícia Civil cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa paroquial, localizada no bairro Colina em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) analisou os eletrônicos recolhidos.
De acordo com o delegado Vladimir Urach, as investigações já estavam em andamento há algum tempo, e o padre era monitorado por suspeita de abuso sexual contra a criança.
O nome do religioso não foi divulgado para preservar a identidade da vítima e garantir a lisura das investigações, que estão sob sigilo e são coordenadas pela delegada Karoline Calegari.
Igreja manifesta repúdio
Em nota oficial, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, futuro cardeal, manifestou repúdio aos atos do padre e decretou a suspensão imediata do Uso de Ordens, impedindo-o de exercer qualquer função eclesiástica.
“A Igreja não pode aceitar quaisquer tipos de comportamentos contrários aos princípios da moral e ética cristã”, afirmou Dom Jaime, que pediu orações por todos os envolvidos e reafirmou o compromisso da Arquidiocese com a transparência e o respeito à dignidade humana.