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Vigilante escolar morde cobra-coral verdadeira em ato de desespero em creche de SC

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Ela disse que tomou a atitude em um momento de desespero, pois temia que a serpente pudesse ferir alguma das crianças.

Uma vigilante escolar, em um ato de desespero, mordeu uma cobra-coral verdadeira depois de ser picada pelo animal no dedão do pé ao chegar para trabalhar em uma creche em Jaraguá do Sul, no Norte catarinense.

Segundo seu relato, a ação extrema foi tomada com o intuito de evitar que o réptil causasse danos às crianças. “Ela estava correndo para dentro da creche. Fiquei com medo de ela se esconder onde as crianças brincam e elas levarem uma picada”, relatou a vigilante à NSC. A mulher pediu para não ser identificada.

O incidente ocorreu quando ela pisou sem querer na cobra, que, por estar usando chinelos, acabou atingindo seu dedão. Inicialmente, ela tentou afugentar o animal utilizando britas e até a bicicleta, mas, sem sucesso, acabou mordendo a cobra na tentativa desesperada de se proteger.

Sem saber como proceder, ela enviou um vídeo ao seu gestor informando que havia sido picada pela cobra-coral, e foi orientada pelo chefe a buscar ajuda médica imediatamente.

O episódio se deu na manhã da última sexta-feira (7), enquanto ela abria a porta para a chegada dos professores.

Após conseguir matar o réptil, a vigilante seguiu de bicicleta até o posto de saúde. Apesar de ter recebido alta posteriormente, chegou a ser internada em estado grave.

Em seu depoimento, a vigilante afirmou que já apresentava visão turva e náuseas quando decidiu ir ao posto de saúde. Durante o trajeto, sua saturação de oxigênio caiu e seu maxilar ficou rígido, situação que exigiu a intubação, dificultada pela rigidez muscular.

Diante do agravamento do quadro, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e ela foi encaminhada ao hospital.

Embora já tenha recebido alta, a vigilante teve sequelas, como câimbras, espasmos musculares e dificuldade na fala.

O biólogo Gilberto Ademar Duwe, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), disse que em casos como este, é recomendado que a população chame o resgate de órgãos como Fujama ou os bombeiros, para evitar acidentes. Além disso, matar animais da fauna silvestre, entre eles as cobras, é proibido por lei e configura crime ambiental.

Onde ligar

  • Em caso de dúvidas ou orientações sobre procedimentos de primeiros socorros, ligue para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), pelo telefone: 0800 643 5252.
  • Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190);
  • Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo.
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