A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 56% da população, conforme revelou levantamento divulgado nesta terça-feira (3) pelo instituto PoderData. Alta é contínua em 2025 e agora coincide com as fraudes no INSS.
A pesquisa indica que este é o maior índice de desaprovação do terceiro mandato de Lula até o momento.
O número vem crescendo desde o início de 2025, quando estava em 51%, após um aumento de seis pontos percentuais. Entre janeiro e março, a taxa subiu para 53% e, agora, atingiu 56%, representando uma elevação de três pontos percentuais desde então.
Avaliação do governo Lula:
- Desaprova: 56% (53% em março)
- Aprova: 39% (41% em março)
- Não sabe: 5% (6% em março)
A pesquisa foi realizada entre os dias 31 de maio e 2 de junho, com 2.500 entrevistas feitas por telefone (fixo e celular) em 218 municípios espalhados pelas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.
O aumento da desaprovação e a queda na aprovação refletem um momento de desgaste da imagem do governo junto à população, segundo analistas políticos.
Lula tem atribuído a baixa taxa de aprovação a problemas na comunicação do governo. Trocou o chefe da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto. Não adiantou. O presidente seguiu protagonizando episódios controversos mesmo já com o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira no comando da Secom.
No mês de maio de 2025 foi revelado um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Estimativas preliminares indicam que o desfalque pode ser da ordem de R$ 6,5 bilhões, dinheiro embolsado ilegalmente por sindicatos e entidades.
Apesar de o governo tentar atribuir a responsabilidade pela fraude ao seu antecessor, a demora da atual gestão em reagir às acusações dificultam a construção da narrativa. Podem ter pesado na análise de parte do eleitorado que se mostra insatisfeito com a administração Lula.