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Operação Mensageiro: Deflagrada 6ª fase, com prisões de empresários em Santa Catarina

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Ação cumpriu 3 mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão em 10 cidades catarinenses. Dois ex-prefeitos estão entre os alvos.

Na manhã desta terça-feira (19), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), sob a coordenação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), deram início à 6ª fase da Operação Mensageiro.

A ação visa aprofundar as investigações sobre um complexo esquema de corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro em contratos de serviços públicos no estado.

Por determinação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), foram cumpridos três mandados de prisão preventiva contra empresários suspeitos de envolvimento nas práticas ilícitas. Foram presos: Schirle Scottini, proprietária da Saays Soluções Ambientais, a irmã dela, Adriana Scottini, diretora administrativa, e Arnaldo Júnior, filho de Schirle e diretor de operações da empresa.

Além disso, 36 mandados de busca e apreensão foram executados em residências, empresas e órgãos públicos em dez municípios: Rio do Sul, Blumenau, Imbituba, Florianópolis, Gaspar, Bombinhas, Laguna, Braço do Norte, Palhoça e Imaruí.

Entre os alvos das buscas estão servidores públicos, ex-servidores e agentes políticos.

As investigações desta fase miram, inclusive, ex-prefeitos das cidades de Braço do Norte e Rio do Sul, aprofundando o alcance da operação que já impactou diversas gestões municipais desde seu início.

Foco em contratos de lixo

Segundo o MPSC, esta etapa da investigação concentra-se na coleta de provas relacionadas a contratos de coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos em várias regiões de Santa Catarina.

A suspeita é de que agentes públicos e empresários atuavam em um esquema criminoso estruturado para fraudar os processos licitatórios e desviar recursos públicos.

Iniciada em 2022, a Operação Mensageiro é conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, em conjunto com o GAECO e o GEAC, e tem como objetivo reprimir crimes funcionais praticados por prefeitos e outros agentes com foro por prerrogativa de função.

A operação desta terça-feira conta com o apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina, que garante a correta preservação das provas e evidências coletadas. Todo o material apreendido será analisado para fortalecer o conjunto probatório da investigação.

O caso tramita em segredo de justiça e, segundo o Ministério Público, novas informações poderão ser divulgadas assim que os autos se tornarem públicos.

O que é o GAECO?

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) é uma força-tarefa liderada pelo MPSC e integrada por membros da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar. Sua principal finalidade é a identificação, prevenção e repressão de organizações criminosas em Santa Catarina.

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