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Mau cheiro dos corpos em decomposição faz bombeiros usarem máscaras para evitar a inalação de resíduos tóxicos

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Bombeiros passaram a usar máscaras no trabalho de resgate em razão do mau cheiro dos corpos em decomposição, que já atraem atraem dezenas de urubus ao local.

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Os bombeiros que participam das buscas às vítimas da tragédia provocada pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho passaram a usar máscaras nesta quarta-feira (30) no trabalho de resgate. .

De acordo com a assessoria de comunicação dos bombeiros, as máscaras de proteção têm dupla função: evitar a inalação de resíduos tóxicos e dos equipamentos que os bombeiros usam nas buscas e também para que os soldados não sintam tão intensamente  o mau cheiro.

Números da tragédia

99 mortos confirmados – 57 identificados
259 desaparecidos
192 resgatados
393 localizados

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, comentou o aumento das dificuldades do trabalho. \”Em primeiro lugar, é bem impactante. Pela força da lama, muitas vezes não é possível encontrar o corpo íntegro. Muitas vezes são localizados segmentos de corpos\”, afirmou.

Os bombeiros têm de fazer um trabalho milimétrico numa imensa área de lama. Os corpos e destroços estão espalhados por uma extensão de 9 km, entre a barragem rompida e o rio Paraopeba.

Desde sábado (26), não são achados sobreviventes.

Cansaço dos bombeiros

Como nem sempre é possível que os bombeiros fiquem em pé, eles precisam se arrastar em alguns trechos – do contrário, afundariam na lama. Em certos pontos, a lama chega à altura da cintura.

O tenente Pedro Aihara destacou ainda que os militares estão sendo submetidos a um rodízio para que possam descansar.

\”Os militares não estão há seis dias ininterruptos. Estão numa lógica de rodízio, mas evidente que pelo tipo de operação e pela demanda que a gente tem é um serviço extenuante\”, descreveu.

Bombeiro faz pausa em trabalho de buscas nesta quarta (30) em Brumadinho, Minas Gerais.
 Foto: Lincon Zarbietti/O Tempo/Estadão Conteúdo

\”Têm circulado vídeos que mostram o cansaço físico e a exaustão, mas isso é inerente à nossa própria atividade. Ao final de uma operação como essa, nós saímos desgastados física e psicologicamente, mas, para tudo isso, é feito um acompanhamento\”, disse o porta-voz.

\”A abnegação desses profissionais demonstra muito o esforço e a preocupação que a gente tem de trazer esses corpos da maneira mais respeitosa e rápida possível.\”

O tenente Aihara também explicou que os trabalhos foram interrompidos das 14h30 às 15h30 nesta quarta-feira, em razão do enterro de uma criança vítima da tragédia. 

A cerimônia ocorreu ao lado da igreja que fica perto da área de pouso dos helicópteros.
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