Deputado menciona médico que diz que 5G prejudica saúde. Imagem: Shutterstock |
Na América Latina, o 5G está previsto para chegar no próximo ano a países como México, Peru e Equador. No Brasil, a rede comercial de quinta geração só deve entrar em operação em 2023.
Testes no Brasil
Desde o mês passado, a tecnologia está sendo testada em Florianópolis. As avaliações começaram por meio de um convênio de uma operadora de telefonia móvel -TIM- ao lado da Huawei e da Fundação Certi, uma fundação de pesquisa ligada à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Um Projeto de Lei de autoria do deputado Marcius Machado (PL), visa proibir os testes e a instalação da tecnologia 5G em Santa Catarina.
O deputado autor da proposta menciona um vídeo que circula online em que um médico diz que a quinta geração de internet móvel é prejudicial à saúde.
Em agosto, assim que os deputados voltarem do recesso, a proposta deve ser avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça, na Assembleia Legislativa de SC.
O que tem de diferente no 5G?
Assim como as tecnologias móveis anteriores, as redes 5G dependem de sinais transportados por ondas de rádio — parte do espectro eletromagnético — transmitidas entre uma antena e o seu telefone celular.
O 5G usa ondas de frequência mais altas do que as redes móveis anteriores, permitindo que mais dispositivos tenham acesso à internet ao mesmo tempo e numa velocidade mais rápida.
Essas ondas percorrem distâncias mais curtas pelos espaços urbanos, de modo que as redes 5G exigem mais antenas transmissoras do que as tecnologias anteriores, posicionadas mais perto do nível do solo.
da internet no mundo é de 7,2 Mbps (Megabit por segundo).
A radiação eletromagnética usada por todas as tecnologias de telefonia móvel levou algumas pessoas a se preocuparem com o eventual aumento dos riscos à saúde, incluindo certos tipos de câncer.
Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que “não foi constatado nenhum efeito adverso à saúde causado pelo uso de telefones celulares“.
No entanto, a OMS junto à Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês) classificaram toda radiação de radiofrequência (da qual os sinais de celular fazem parte) como “possivelmente cancerígena”.
Agora é esperar pra ver. A Anatel pretende realizar o leilão das frequências do 5G no primeiro semestre de 2020.