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Em postagem no Facebook, Bolsonaro diz que “tudo aponta para uma crise”

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Na última quinta-feira (28), o presidente disse que \”ordens absurdas\” não devem ser cumpridas\”. Foto: Edu Andrade/FotoPress 

Em uma postagem em sua página na rede social Facebook, neste sábado (30), o presidente Jair Bolsonaro escreveu que \”tudo aponta para uma crise\”, ao comentar decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que miram a família, aliados e a sua campanha presidencial em 2018.

Primeiras páginas dos jornais abordaram com diferentes destaques, as decisões envolvendo a atuação do Supremo Tribunal Federal, da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral em relação ao governo Bolsonaro e seus aliados, escreveu o presidente.

O ministro do STF, Celso de Mello, fez um pedido de investigação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, à Procuradoria Geral da República, por crime de incitação à subversão da ordem política ou social. 

A notícia-crime foi protocolada na Corte para investigar as declarações de Eduardo de que não se trata de uma questão de \”se\”, mas sim de \”quando\” Bolsonaro adotará uma \”medida energética\” após operação da Polícia Federal no inquérito das fake news atingir aliados do Planalto.

Outra medida criticada pelo presidente foi a tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou operação da Polícia Federal dentro de inquérito que investiga a produção de fake news e ameaças contra integrantes da Suprema Corte. Aliados de Bolsonaro foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Bolsonaro também observou que os principais jornais do País destacaram o pedido da Polícia Federal para prorrogar, por mais 30 dias, as investigações do inquérito que apuram se o presidente da República tentou interferir politicamente na corporação, conforme acusou o ex-juiz federal Sergio Moro.

O presidente destacou ainda a reportagem publicada na edição deste sábado do Estadão, informando que o avanço do inquérito das fake news deve chegar ao núcleo próximo do Palácio do Planalto.

A expectativa de integrantes do STF é a de que, se em um primeiro momento Moraes optou por focar nos tentáculos operacionais do \”gabinete do ódio\”, o vereador Carlos Bolsonaro deve ser atingido já na etapa final do inquérito, com o aprofundamento das investigações.

Como revelou o Estadão, o \”gabinete do ódio\” está instalado dentro da estrutura do gabinete do presidente.

Estadão noticia que o gabinete do ódio também entrou na mira do Tribunal de Contas da União. O subprocurador, Lucas Furtado, ingressou com uma representação para que o plenário do TCU analise se a ação do grupo de servidores é financiada, ou não, por recursos públicos. O grupo teria 23 servidores trabalhando na assessoria especial do gabinete presidencial, escreveu Bolsonaro.

Outra reportagem mencionada é a que informou que o inquérito das fake news pode pavimentar o caminho da cassação de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral.

A avaliação entre ministros do Tribunal é a de que, caso seja autorizado, um compartilhamento das provas do STF com a Justiça Eleitoral deve dar um novo fôlego às investigações sobre disparo de mensagens em massa na campanha presidencial de Bolsonaro em 2018.

A possibilidade de essas ações serem \”turbinadas\” com o inquérito das fake news do Supremo já acendeu o sinal de alerta do Palácio do Planalto.

Veja na íntegra a postagem de Bolsonaro: