A vítima, de 24 anos, estava no final da gravidez quando foi morta e teve seu bebê roubado. Foto: Arquivo |
MPSC — Após analisar os áudios e as trocas de mensagens que foram extraídas dos aparelhos celulares apreendidos e periciados pelo Instituto Geral de Perícias, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) requereu no final da tarde desta quarta-feira (7) a revogação da prisão preventiva do marido da mulher suspeita de ter matado uma grávida em Canelinha com o intuito de tomar para si o bebê de 36 semanas que estava em gestação no ventre da vítima.
Para promotores, as novas provas deixam claro que a mulher enganou o marido o tempo todo. Ela se aproveitava da circunstância de o marido trabalhar em outra cidade e assim conseguia manipular a situação.
O homem foi preso em flagrante com a mulher assim que o crime foi descoberto. O flagrante logo foi convertido em prisão preventiva para que as provas do homicídio não fossem destruídas.
Se nenhum outro elemento surgir no decorrer do processo, o homem também deve ser excluído da denúncia apresentada pelo Ministério Público pela possível prática dos crimes de feminicídio, tentativa de homicídio, parto suposto, subtração de incapaz e ocultação de cadáver.
Segundo as provas produzidas em inquérito policial, no dia 27 de agosto a investigada teria levado a vítima para um local ermo, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio.
Em seguida, a denunciada teria se encontrado com o companheiro e ido até o Hospital de Canelinha, onde informou que o filho da vítima era seu e que fizera o parto em via pública, solicitando, portanto, ajuda no pós-parto.