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“Ação em Criciúma chama atenção pela ousadia e violência” diz delegado da PC

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Cofre da agência do Banco do Brasil alvo de criminosos em Criciúma, no Sul de SC. Foto: Polícia Civil

As forças de Segurança Pública de Santa Catarina estão atuando em conjunto e mobilizadas em uma grande operação na investigação e buscas dos criminosos que assaltaram uma agência bancária em Criciúma na madrugada desta terça-feira, 1º. 

“Todo o Brasil tem seu olhar voltado pra Santa Catarina, porque nossos números não combinam com o episódio dessa madrugada”, salientou o governador Carlos Moisés. \”A ação foi bem sucedida para os marginais, essa é a verdade\”.

Caminhão queimado durante a madrugada na BR 101, no túnel do Morro do Formigão, em Tubarão, para impedir o acesso à Criciúma, foi roubado há dois anos e circulava clonado. Foto: Polícia Civil

Carlos Moisés ressaltou que o estado tem um histórico bem-sucedido de resolução deste tipo de crime, com um trabalho de excelência das polícias.

“Não estamos medindo esforços para uma resposta rápida a este triste episódio. O Governo do Estado segue empenhado na busca dos criminosos e para que ações como essas não se repitam em Santa Catarina, reconhecida pelos bons índices na Segurança Pública. Neste ano, diminuímos em 54% esse tipo de ação violenta contra as instituições financeiras, em relação a 2019”, enfatizou Carlos Moisés.

O ASSALTO (Assista ao vídeo no fim da matéria).

Por volta das 23h50 do dia 30 de novembro, criminosos com armas pesadas, munições de diferentes calibres, explosivos e coletes balísticos assaltaram uma agência bancária de Criciúma e efetuaram diversos disparos na área central e no 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM). 

Soldado da PM Jeferson Luiz Esmeraldino ficou ferido durante assalto em Criciúma — Foto: Redes sociais/Reprodução
A ação criminosa resultou em duas pessoas feridas, sendo um deles o policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, que apresenta um quadro de saúde gravíssimo. Até o início da tarde ele havia passado por três procedimentos cirúrgicos.
Dinheiro foi deixado pra trás pelos criminosos. Foto: Caio Marcello/AGIF
Até o momento, foram presas quatro pessoas que fizeram o recolhimento de parte das cédulas de papel que estavam jogadas no chão em razão da explosão. Com eles, foram localizados cerca R$ 810 mil.

Veículos foram encontrados abandonados na manhã desta terça. Foto: Polícia Civil
Conforme a Polícia Militar, 10 veículos utilizados na ação foram encontrados na localidade de Picadão, no município de Nova Veneza, nesta manhã. Eles eram blindados e foram pintados de preto para camuflar.

Os carros usados pelos criminosos vão passar por perícia. Ao menos três deles tinham registro de furto em São Paulo.

Cerca de 200 quilos de explosivos ficaram para trás. E a polícia não sabe o total utilizado. Pela manhã, os explosivos foram detonados pelo Esquadrão Antibombas.

INVESTIGAÇÃO
O Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich, relatou que as forças de Segurança de Santa Catarina, quando foram acionadas, entraram em estado de alerta.

“A ação desta madrugada chama atenção pela ousadia e violência. As forças policias não irão tolerar as ofensivas, nós vamos prender todos os envolvidos nesse crime. E eles vão sentir o peso da mão do estado. Podem confiar nas forças policiais, no sistema de segurança pública, nós não mediremos esforços para resolver esse caso”, afirmou.

O delegado também mencionou que o crime foi planejado e que \”teve um tempo de maturação\”, o que contribuiu para que a quadrilha tivesse \”êxito na busca de informações\” e não descarta a possibilidade de a quadrilha ter convivido com os moradores de Criciúma por longos meses. 

Esse é considerado o roubo de maiores proporções da história de Santa Catarina.

“Há uma mobilização policial muito forte nas buscas e, em paralelo a isso, já começou o trabalho de investigação. Estamos falando de pelo menos 30 criminosos, mas o número pode chegar a 50, dez veículos e armamento muito pesado”.

O perito-geral do Instituto Geral de Perícias, Giovani Eduardo Adriano, reforçou que uma série de profissionais está em Criciúma em busca de vestígios e evidências. 

“Nosso trabalho é coletar essas evidências. Qualquer informação que a população tenha sobre esse crime será util. Temos equipamento e material para combater esse tipo de crime e iremos trabalhar dia e noite para desvendar esse caso”.

O subcomandante-geral da PM, coronel Marcelo Pontes, contou que desde o início da ocorrência os policiais militares atuaram para preservar vidas e imediatamente acionaram todo suporte, inclusive de outros municípios da região. 

“Nosso trabalho agora é de buscar mais informações. Qualquer pessoa que tiver algum dado, viu alguma movimentação estranha, pode entrar em contato com 190”.

Além dos policiais catarinenses, há contatos e mobilização com as polícias de outros Estados, como do Rio Grande do Sul e Paraná, e com a Secretaria Nacional de Segurança, para a união e integração de esforços na ação policial, no Sul do Estado.

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O delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) explicou que esse é considerado o roubo de maiores proporções da história de Santa Catarina.