Manifestantes bloqueando a SC-477 em maio de 2019. Foto: Arquivo |
O que eram rumores nos últimos dia tomou forma após ofício ser enviado ao Governo Federal pelo Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) confirmando a paralisação dos caminhoneiros para a próxima segunda-feira (1º), caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas. O grupo sindical afirma ter 40 mil filiados em 22 estados brasileiros.
Também estão à frente da convocação a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), e a Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB).
“A Abrava ainda está avaliando com os associados, de cada estado, para ver o que eles querem”, afirmou. Segundo ele, porém, a categoria está no limite. “Estamos sofrendo a cada dia com a alta dos preços dos combustíveis e a lei de piso mínimo do frete não está sendo cumprida”, explicou.
Greve dos caminhoneiros em 2018: 10 dias que pararam o Brasil.
Uma delas é a CNT (Confederação Nacional do Transporte), que atua desde 1954 e reúne 26 federações e quatro sindicatos nacionais.
Em nota, a entidade disse que mesmo que haja algum movimento de paralisação as transportadoras podem garantir o abastecimento do país, “desde que seja garantida a segurança nas rodovias”.
Na argumentação da CNTA, uma paralisação pode acarretar aglomeração e aumentar o risco de contaminação dos caminhoneiros, familiares e da população em geral. Além disso, a entidade afirma que eventuais impactos na circulação de mercadorias podem impactar no combate e tratamento da doença.
Em nota, o Ministério da Infraestrutura afirmou que “não há uma única entidade de classe representativa para falar em nome do setor”, e que “que qualquer declaração feita em relação à categoria corresponde apenas à posição isolada de seus dirigentes”.
“Nenhuma associação isolada pode reivindicar para si falar em nome do transportador rodoviário de cargas autônomo e incorrer neste tipo de conclusão compromete qualquer divulgação fidedigna dos fatos referentes à categoria”, afirma a pasta em nota.
FECHAMENTO DA SC-477 EM CANOINHAS
Paralelo à greve dos caminhoneiros, articulações estão sendo feitas, principalmente em grupos de WhatsApp, no sentido de bloquear, mais uma vez, a rodovia SC-477, que liga a BR-280 em Canoinhas à BR-116 em Papanduva.
SC-477: sinalização precária, sem acostamento e pavimentação deteriorada põe em risco a vida dos usuários. Foto: Arquivo |
Os organizadores devem conclamar a participação da população para esse protesto que somente os cidadãos podem fazer, com o auxílio indispensável dos órgãos de imprensa.
OBRAS PRIORITÁRIAS NO ESTADO
Carlos Moisés esteve essa semana em Brasília e, juntamente com o Ministério da Infraestrutura, encaminharam tratativas para um plano de cooperação, visando impulsionar obras prioritárias no Estado, como melhorias na BR-470/SC, no trecho entre os municípios de Blumenau e Navegantes, e melhorias na BR-280 e BR-163, em Santa Catarina.
E a SC-477? ninguém sabe, ninguém viu. O que se tem são balaios de promessas e a possível elaboração de um projeto de revitalização, que ‘talvez’ seja contratado até o final de 2021.
De concreto mesmo, até o momento, somente os buracos da rodovia.