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Acusado de matar criança e colocar dentro de mala, em Curitiba, é condenado a 50 anos de prisão

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O acusado foi identificado somente onze anos após o crime, com a ajuda de exames de DNA.

Carlos Eduardo dos Santos foi condenado a 50 anos de prisão pela morte da menina Rachel Genofre, em júri popular nesta quarta-feira (12). A condenação foi anunciada por volta das 23h pelo juiz.

O julgamento aconteceu com portas fechadas, por conta do segredo de justiça. Carlos Eduardo foi condenado, por 4 votos a 1, a 40 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado, mediante meio cruel, asfixia e ocultação do corpo, e a 10 anos por atentado violento ao pudor.

A menina foi encontrada morta em novembro de 2008. O corpo foi achado com sinais de violência sexual dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba.

O caso

A criança tinha nove anos quando desapareceu. Ela saía da escola onde estudava, no Centro de Curitiba, no fim da tarde de 3 de novembro de 2008.

O acusado pelo crime foi identificado onze anos depois, em 2019, com a ajuda de exames de DNA. A identificação aconteceu após o cruzamento de dados das polícias do Paraná, São Paulo e Distrito Federal.

Carlos Eduardo cumpre pena de 25 anos por outros crimes. Após a identificação, que aconteceu quando ele estava preso em Sorocaba (SP), ele confessou à polícia que matou Rachel.

Segundo a acusação, o réu abordou a menina fingindo ser produtor de programa infantil de televisão no momento em que ela saia da escola.

Ele convenceu Rachel a acompanhá-lo até o endereço em que estava hospedado. À polícia, Carlos Eduardo contou que a menina queria avisar os pais, mas que ele a convenceu de que era melhor ela falar com eles depois.

Segundo o MP-PR, o réu cometeu atentado violento ao pudor e matou a criança por asfixia.

Conforme a Polícia Civil, além de matar Rachel, Carlos Eduardo vinha cometendo outros crimes há mais de 30 anos.

O primeiro deles, em julho de 1985, conforme o delegado, foi abuso sexual contra uma menina de quatro anos na cidade de São Vicente (SP).

Investigação

O corpo de Rachel foi encontrado enrolado em lençóis dentro de uma mala na rodoviária dois dias depois do desaparecimento, com sinais de violência e estrangulamento.

As câmeras de vigilância interna do local não estavam funcionando, segundo a administração.

Após o suspeito ser identificado, a polícia informou que diversas outras amostras de DNA foram analisadas ao longo dos mais de 10 anos de investigação.

No caso de Carlos Eduardo, a polícia afirmou que foram feitos dois exames, sendo um deles uma contraprova.

O advogado da família, Daniel da Costa Gaspar, afirmou que esta data ficará guardada na memória todos aqueles que lutaram por justiça em nome de Rachel Genofre, e em defesa das crianças e das mulheres.

“O dia 12 de maio de 2021 entrará na história da sociedade paranaense e brasileira, como o dia em que a justiça enfim foi feita, em um dos casos de assassinato e violência contra a infância, mais bárbaros ocorridos na nossa história. Abusadores e criminosos sexuais não passarão impunes”.

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