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Fiocruz alerta que nova explosão de casos de covid seria catastrófico

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Números mostram uma ligeira queda, mas ainda não representa uma tendência de contenção da epidemia.

A nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgada nesta quarta-feira (12), aponta para ligeira redução nas taxas de mortalidade nas últimas duas semanas.

O número de óbitos, no entanto, permanece em um patamar alto – o maior desde a introdução do vírus Sars-CoV-2 no Brasil.

Também foi observada, em grande parte das unidades da federação (veja abaixo), redução da taxa de ocupação de leitos UTI de Covid-19 para adultos. A análise é relativa à Semana Epidemiológica no período de 2 a 8 de maio.

Os pesquisadores do Observatório Fiocruz Covid-19 alertam, porém, que diante do patamar epidêmico atual, uma nova explosão de casos de Covid-19 será crítica.

É pertinente dizer que, por um lado, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no país vão dando uma sinalização de melhoria no quadro geral da pandemia. Por outro, a magnitude do indicador, de forma geral, ainda é predominantemente preocupante.

Uma nova explosão de casos de Covid-19 a partir do patamar epidêmico atual, que permanece elevado, será catastrófico. São mais de 420 mil mortes. Grande parte da população brasileira já vivenciou a perda de um familiar, um amigo, um vizinho ou um colega de trabalho.

Ainda não se tem dimensão da extensão e dos desafios que se colocam com as sequelas deixadas pela Covid-19 em pacientes graves e, mesmo com quadros moderados, das suas repercussões na qualidade de vida das pessoas e demandas que elas vão impor ao sistema de saúde em médio e longo prazos.

CASOS E ÓBITOS POR COVID-19

Na última Semana Epidemiológica (2 e 8 de maio) foram registrados valores ainda altos de óbitos por Covid-19, próximos à marca de 2,1 mil mortes diárias. No entanto, se observa uma tendência de queda do número de casos a partir de abril.

Foram notificados no país uma média de 61 mil casos diários na última semana. O número de casos aumentou ligeiramente, a uma taxa de 0,3% ao dia, enquanto o número de óbitos por Covid-19 foi reduzido a uma taxa de -1,7% ao dia, mostrando uma tendência de ligeira queda, mas ainda não representa uma tendência de contenção da epidemia.

LEITOS DE UTI

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS, entre os dias 3 e 10 de maio, apresentaram quedas relevantes na Região Norte e Sudeste do país. No Sudeste houve a saída de Minas Gerais e Espírito Santo da zona de alerta crítico.

O Rio de Janeiro, que entrou na zona crítica um pouco mais tarde do que os outros estados da região, nessa fase recente da pandemia em que se registrou sobrecarga no sistema de saúde em todo o Brasil, agora é
o único que permanece nela.

Na Região Sul, o Rio Grande do Sul manteve a tendência de queda, se diferenciando ainda mais dos
outros estados, que se mantiveram com taxas superiores a 90%.

Sete estados encontram-se com taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%: Piauí (90%), Ceará (90%), Santa Catarina (91%), Rio Grande do Norte (95%), Pernambuco (96%), Sergipe (97%), e Paraná (93%).

Fonte: FIOCRUZ

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