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Bolsonaro reafirma que não haverá volta do horário de verão

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Em meio à crise hídrica, presidente tem recebido apelos para rever a medida que, em tese, gera economia de energia.

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (06) que não determinará a volta do horário de verão, extinto por ele em 2019. Em meio à crise hídrica e a possibilidade de apagões e racionamentos, ele tem recebido apelos para rever a medida, que em tese gera economia de energia.

Bolsonaro fez referência ao tema ao conversar com fãs no Palácio da Alvorada, após o expediente. Um apoiador disse a ele, em tom crítico, que “querem voltar com o horário de verão”.

A volta do horário de verão é defendida como uma alternativa para amenizar o risco de apagões e abrandar a pressão sobre a produção de energia durante os próximos meses, de estiagem.

“Não”, respondeu o presidente. “O horário de verão foi comprovado que não tem ganho financeiro. E a maioria é contra porque mexe no relógio biológico.”

Bolsonaro firmou o decreto extinguindo o horário de verão no dia 25 de abril de 2019, em uma cerimônia pública no Palácio do Planalto.

Na época, disse que a decisão foi fruto de estudos da área técnica do Ministério de Minas e Energia sobre a economia gerada pela medida. Também afirmou ter procurado “gente da Saúde” para opinar sobre o tema.

“As conclusões foram coincidentes: questão de economia, o horário de pico era mais pra 15h, então não tinha mais a razão de ser [o horário], não economizava mais energia. E na área de saúde, mesmo sendo uma hora apenas, mexia com o relógio biológico das pessoas”, afirmou durante a solenidade.

Na semana passada, associações do setor de turismo – que reúne hotéis, restaurantes e bares – enviaram pedido ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pelo retorno da antecipação dos relógios.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a mudança poderia favorecer o setor produtivo do País e ajudar na retomada econômica.