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Dive investiga caso da variante Delta do coronavírus em SC

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A Organização Mundial da Saúde alerta que a variante Delta do coronavírus está se tornando dominante no mundo por conta de sua maior transmissibilidade.

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A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES) informou nesta segunda-feira (12), que foi notificada no dia 06 de julho pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná que dois moradores do município de Joinville tiveram contato com um caso confirmado de Covid-19 pela variante Delta no início de abril, durante viagem ao município de Rolândia/PR.

Dados preliminares apontam que variante Delta é mais transmissível, gera maior risco de hospitalização e de reinfecção e provoca sintomas diferentes (mais dor de cabeça e menos tosse, por exemplo).

A SES está prestando apoio ao município de Joinville na investigação, e informa que até o momento nenhum caso de infecção pela variante Delta foi confirmado no Estado.

Os estudos divulgados até o momento mostram que as vacinas disponíveis no Brasil oferecem alta proteção contra casos graves, hospitalização e óbitos por todas as variantes do coronavírus, incluindo a variante Delta, principalmente quando o esquema vacinal está completo (com duas doses ou dose única).

Estima-se que a variante Delta seja de 30% a 60% mais transmissível que outras variações do coronavírus. No Reino Unido, ela já se tornou dominante, respondendo por 90% dos novos casos.

A investigação


A partir do contato telefônico com os moradores de Joinville que tiveram contatos com os casos de Rolândia/PR, a vigilância epidemiológica de Joinville identificou que um deles apresentou sintomas leves (tosse, coriza e dor de cabeça) e realizou teste RT-PCR com resultado positivo.

O outro manteve-se assintomático, tendo realizado teste de antígeno com resultado negativo. Ambos ficaram em isolamento domiciliar durante 14 dias. No entanto, tiveram contato nesse período com outros três moradores de Joinville, que vieram a testar positivo para Covid-19 (dois pelo teste de antígeno e um pelo teste RT-PCR).

Esses três moradores permaneceram em isolamento durante 14 dias, sem contato com outras pessoas.

Como os casos ocorreram em abril de 2021 e, a confirmação da infecção pela variante Delta do residente do Paraná só foi notificada a SES/SC no dia 06 de julho, foi realizada uma busca retrospectiva das amostras dos contatos com o caso confirmado do Paraná nos laboratórios que realizaram os exames na época, para identificar quais estariam viáveis para realização de sequenciamento genômico.

Uma amostra já enviada ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC) não se encontrava viável para realização do sequenciamento.

Uma segunda amostra está sendo encaminhada ao Lacen/SC para avaliação, e caso esteja viável, será encaminhada para realização de sequenciamento pela Fiocruz.

CEPA DOMINANTE

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (12) que a variante delta do coronavírus será predominante no mundo “em breve”.

Em meados de junho, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, alertou que a variante delta do coronavírus vinha se tornando dominante no mundo por conta de sua “maior transmissibilidade”.

Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Um único vírus pode ter inúmeras variantes.

Quanto mais circula (transmitido de uma pessoa para outra), mais ele faz replicações – e maior é a probabilidade de ocorrência de modificações no seu material genético.

Mas isso não significa que ela seja resistente às vacinas. A chefe do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, afirmou que as vacinas conseguem reduzir casos graves de Covid-19.

Ela reafirmou, no entanto, que as duas doses da vacina – quando a aplicação é feita em duas doses – são importantes para garantir a proteção completa.

Kerkhove também e alertou para o surgimento de uma “constelação de variantes” no futuro que pode se tornar um problema para a imunização se ela não for acelerada.

O diretor-geral da OMS também lamentou a distribuição desigual de vacinas, que, segundo ele, prejudica a estratégia global de combate ao novo coronavírus.

Alguns países estão obtendo milhões de doses para dar injeções de reforços, enquanto há outros que nem seguir têm estoque para imunizar os funcionários do setor da saúde e os grupos de risco.

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