A Polícia Civil concluiu a investigação sobre a morte de quatro pessoas e um incêndio em uma residência, em São Domingos, no Extremo-Oeste de Santa Catarina.
O crime ocorreu no início da manhã de 08 de maio deste ano, no bairro Esperança, quando Raquel Alves, de 31 anos, Neocir Rodigheri, de 34 anos, e os filhos do casal Maria e João Rodigheri, de 10 e 11 anos, respectivamente, foram encontrados mortos na residência incendiada.
Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) mostraram que as lesões encontradas no corpo das vítimas foram produzidas em organismo vivo, ou seja, que as mortes não foram decorrentes do fogo que consumiu toda a residência.

Inicialmente, o caso foi considerado como o de mortes acidentais devido ao fogo, mas os exames periciais nos corpos constataram possíveis ferimentos provocados por objetos cortantes no pescoço de Neocir e no pescoço e tórax de Raquel.
Além disso, a autópsia constatou que a causa da morte dos dois adultos foi a hemorragia causada por esses ferimentos e não o fogo ou fumaça do incêndio. As duas crianças também foram esfaqueadas.
Com isso, no dia 14 de maio, o suspeito de 31 anos foi preso temporariamente, em Ipuaçu. Ele era amigo e frequentava a casa da família vítima.
No último sábado (10 de julho) o homem confessou a autoria dos crimes e alegou a motivação como sendo o uso excessivo de drogas (cocaína) e que nada se lembrava das mortes.
“Ele falou desse ‘apagão’ só agora quando confessou. Antes ele negava. Ele afirma que teria usado cocaína e que, depois de ter feito esse uso, sentou no sofá e só lembra de ter acordado com a faca quebrada, ensanguentada em mãos, e todo mundo morto na residência”, conta o delegado Roberto Marin Fronza, responsável pela investigação.
Mesmo com a conclusão do inquérito e com o caso encaminhado ao judiciário, a possível motivação do crime não foi totalmente esclarecida.
“Não foi possível chegar a nenhum esclarecimento, justamente pelo fato de que ele alega que simplesmente apagou. A gente acredita que tenha sido realmente pelo uso da droga e que é possível que ele não se recorde mesmo dos fatos, dada a quantidade de droga que ele relatou ter utilizado”, detalhou o delegado.
O homem foi indiciado por quatro homicídios qualificados pela traição e também pelo delito de incêndio. Ele continua preso no Presídio Regional de Xanxerê.



























