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Óbitos entre idosos não vacinados é 47 vezes maior, alerta Dive/SC

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Baixa cobertura vacinal tem se refletido no aumento de ocupação de leitos hospitalares e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Um estudo realizado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) com dados de novembro de 2021 a janeiro de 2022 aponta que o risco de hospitalização e morte é maior entre pessoas não vacinadas ou que estão com a vacinação incompleta quando comparadas àquelas que receberam o reforço. Durante o período ocorreram 871 mortes por Covid-19.

A taxa de óbitos por Covid-19 em idosos não vacinados ou com vacinação incompleta foi 47 vezes maior do que naqueles que receberam a dose de reforço.

Entretanto, quando se observa a taxa de óbitos entre os idosos que completaram o esquema e receberam a dose de reforço, a taxa de óbito cai para 17,7 óbitos por 100 mil pessoas imunizadas.

Já em relação aos adultos (18 a 59 anos), a taxa de mortalidade entre os não vacinados ou com vacinação incompleta foi 39 vezes maior do que naqueles que receberam a dose de reforço.

A taxa de óbitos é de 27,3 óbitos por 100 mil pessoas entre os que não têm o reforço, contra 0,7 óbitos por 100 mil pessoas entre aqueles com esquema vacinal completo mais a dose de reforço.

Em Santa Catarina, 1.110.860 milhão idosos com 60 anos completaram o esquema primário de duas doses. No entanto, apenas 651.489 mil idosos receberam a dose de reforço, o que representa pouco mais de 59% de cobertura para esta população.

São cerca de 459 mil idosos atrasados para receber a dose de reforço. O resultado dessa baixa cobertura tem se refletido nos últimos dias no aumento da taxa de ocupação de leitos hospitalares e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) respiratória em todo o estado, ocasionando também no aumento da mortalidade nesse grupo.

Segundo boletim epidemiológico da Covid-19 divulgado na terça-feira (1), houve um aumento de 95% no registro de mortes por Covid-19 em Santa Catarina entre a semana de 16 a 22 de janeiro, que registrou 93 óbitos, e a semana epidemiológica de 23 a 29 de janeiro, que registrou 181 óbitos.

O maior número de óbitos computados nessa semana vem ocorrendo em idosos, principalmente os que ainda não receberam a dose de reforço.