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É fato que Bolsonaro não vai passar a faixa presidencial para Lula?

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Do ponto de vista jurídico, a passagem da faixa é meramente simbólica. Nenhum mandatário é obrigado a comparecer à cerimônia de posse do sucessor.

Nos últimos dias, viralizou na internet a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não apenas decidiu não passar a faixa presidencial para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1º de janeiro como pretende estar fora do país nessa data.

Faixa presidencial
A faixa presidencial foi criada em 1910, por meio de um decreto assinado pelo então presidente da República, Hermes da Fonseca Foto: Divulgação

O destino seria os EUA, mais precisamente Palm Beach, na Flórida. A viagem estaria marcada para o próximo dia 28, porém até o momento não há confirmação oficial por parte do Planalto. Na manhã deste sábado (24), Jair Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada para fazer um passeio de moto. Ao retornar, conversou com apoiadores que o esperavam em frente ao Alvorada mas não comentou sobre o assunto.

Também, pela 1ª vez no mandato, presidente não divulgou mensagem em rede nacional junto da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em todos os anos, divulgou vídeo acompanhado de Michelle, no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, às 20h30.

Bolsonaro faz passeio de moto na véspera de Natal. Foto: Emilly Behnke/Reprodução

O QUE ACONTECE SE BOLSONARO ESTIVER AUSENTE NO DIA DA POSSE DE LULA?

A passagem de faixa é um rito meramente simbólico, mas que virou uma tradição na democracia. O último presidente que não recebeu a faixa do seu antecessor foi José Sarney, eleito em 1985 por meio de um colégio eleitoral. À época, o Brasil vivia a transição democrática pós-regime militar e o ditador João Figueiredo não aceitou participar da cerimônia.

Nenhum mandatário é obrigado a comparecer à cerimônia de posse do sucessor. Na ausência de Bolsonaro, o vice-presidente da República, seguido pelos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e do STF (Supremo Tribunal Federal), têm competência para participar do rito.

O vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão, foi cogitado para a entrega da faixa ao presidente eleito, mas sugeriu que Bolsonaro o faça.

A faixa é de um presidente que sai, para um presidente que entra. Eu não posso passar. Minha visão é que o presidente, num gesto de altivez, deve entregar a faixa ao Lula e diga no ouvidinho dele: ‘fique atento, vou estar olhando tudo aquilo que você está fazendo’”, disse entrevista à CNN, no dia 7 de dezembro.

Do ponto de vista jurídico, a passagem da faixa é meramente simbólica. Com ou sem o distintivo, a diplomação de Lula como chefe do Executivo foi garantida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A sessão solene de posse do presidente eleito será realizada no Congresso Nacional no dia 1º de janeiro de 2023. O Palácio do Congresso Nacional é o principal cenário da posse presidencial.

Após a posse, já na Praça dos Três Poderes, no Palácio do Planalto, o presidente eleito deverá receber a faixa presidencial e fazer pronunciamento. E, por fim, haverá recepção de chefes de Estado e representantes de vários países no Palácio do Itamaraty.

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