Por volta das 20h30 desta segunda-feira (19), o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deixou a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, onde estava detido desde setembro do ano passado.
Cabral estava preso preventivamente havia seis anos em decorrência das investigações da operação Lava Jato. Ele era o único acusado ainda em regime fechado e foi solto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Houve gritos de “ladrão” de pessoas na saída do local.
Os magistrados decidiram derrubar mandado de prisão expedido pelo ex-juiz Sergio Moro em novembro de 2016, quando Cabral foi preso na Operação Calicute. Este era o último mandado ainda em vigor dos cinco que já pesaram contra o político ao longo desses seis anos.
Ele se refere ao suposto pagamento de R$ 2,7 milhões de propina por executivos da Andrade Gutierrez ao ex-governador pelas obras do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Cabral foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão no caso.
O ex-governador já foi condenado em 23 ações penais na Justiça Federal, com penas que chegam a 425 anos e 20 dias de prisão, mas não houve trânsito em julgado em nenhum dos casos. Ainda há recursos possíveis nos processos.
“A soltura determinada agora não é uma declaração de impunidade nem de inocência. O que se decidiu foi que não tinha mais cabimento se manter uma prisão preventiva de seis anos”, disse o advogado dele, Daniel Bialski.
O ex-governador terá agora que permanecer em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica em razão de outro processo.



