Os prefeitos de Itapoá, Marlon Neuber, e de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), se tornaram réus na operação Mensageiro, que investiga a corrupção no esquema de lixo no estado (réu é quem tem culpa ou é acusado de ter culpa em um crime).

A audiência foi feita pelo Poder Judiciário nesta quinta-feira (27), mesmo dia em que a 4º fase da operação foi deflagrada. Além dos prefeitos, também se tornaram réus o vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski (União Brasil) e Darlan Mendes da Silva, que ocupava o cargo de gerente de gestão municipal de Tubarão.

Nesta quinta, ao menos nove prefeitos foram presos. Eles se juntam aos outros sete chefes do executivo detidos em outras três fases. Agora, cinco já são réus no processo.

Marlon Neuber foi detito ainda em 2022, na primeira fase da ação.  Ele voltava de viagem ao exterior, onde passava férias, e foi detido no pedágio de Garuva, no Norte catarinense.

Esta não é a primeira vez em que o prefeito é investigado por supostas irregularidades. Em 2018, em outro processo, Marlon Neuber foi afastado do cargo depois de ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) por improbidade administrativa. 

Joares Ponticelli foi detido preventivamente em fevereiro, em Criciúma, no Sul, na terceira fase da ação. O vice-prefeito, Caio Tokarsi, também foi detido na ocasião.

Prefeitos presos em todas as fases:

• Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava
• Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva
• Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul
• Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages
• Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo
• Marlon Neuber (PL), de Itapoá
• Joares Ponticelli (PP), de Tubarão
• Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá
• Armindo Sesar Tassi, de Massaranduba
• Adriano Poffo (MDB), de Ibirama;
• Adilson Lisczkovski, de Major Vieira
• Patrick Corrêa, de Imaruí
• Luiz Divonsir Shimoguiri, de Três Barras
• Alfredo Cezar Dreher, de Bela Vista do Toldo
• Felipe Voigt, Schroeder

Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro, deflagrada na primeira fase no fim de 2022 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), colocou sob a mira um suposto esquema de corrupção na licitação de lixo em várias cidades do estado.

O epicentro da investigação é a empresa Serrana Engenharia, que atua na área de engenharia sanitária e ambiental. Segundo a apuração, um empresário seria o responsável pela interlocução com agentes públicos para a negociação de propina.

Esse “mensageiro” não trabalharia mais na empresa há 10 anos, mas fazia o papel de interlocutor com os agentes públicos.