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Quatro policiais civis foram assassinados a tiros na Delegacia Regional de Camocim, cidade do interior cearense. Eles foram surpreendidos por um colega que estava de folga e chegou ao local já atirando. A chacina aconteceu na madrugada deste domingo (14).
Segundo a guarnição da PM (Polícia Militar) que atendeu a ocorrência, o suspeito chegou em uma moto ao local do crime por volta das 4h40. Em seguida, teria entrado escondido pelos fundos e subido para o primeiro andar. Lá, o suspeito teria encontrado um plantonista, que fazia a segurança do restante da equipe, que estava dormindo. O policial pulou do primeiro andar para o térreo para tentar fugir, mas foi atingido pelas costas. Ele não sobreviveu.
Em seguida, o suspeito teria seguido para os dormitórios, no térreo da delegacia, onde teria atirado contra os três que dormiam em redes. Após os disparos contra os colegas, o suspeito teria fugido em uma viatura da delegacia. A arma usada no crime foi uma pistola calibre 40. O inspetor de polícia Antônio Alves Dourado, suspeito de ser o autor da chacina, foi preso.
Após o crime, a Polícia Militar encontrou na delegacia um gás de cozinha que teria sido alterado para incluir conexões. A polícia acredita que a intenção do suspeito era matar as vítimas por asfixia. O suspeito também tinha uma máscara de proteção de gás, segundo a polícia.

De acordo com o delegado, o plano do suspeito teria duas fases: matar policiais por asfixia durante a madrugada e ficar de tocaia na delegacia até a troca de plantão, para matar outros colegas, incluindo o próprio delegado.
“Ele premeditou o crime, e pretendia matar os outros policiais que renderiam o plantão”, disse o delegado.
Não há informações sobre a motivação do crime. Ainda não se sabe se o policial preso trabalhava na mesma delegacia das vítimas.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará e seus órgãos vinculados, em especial a Polícia Civil do estado, lamentaram a tragédia, que vitimou mortalmente os escrivães Antônio Cláudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira.
A secretaria reconheceu os serviços prestados à sociedade cearense pelos policiais assassinados e colocou à disposição dos familiares e amigos das vítimas “todo o aparato das instituições”.
O motivo do crime está sendo investigado. O autor dos assassinatos se entregou no quartel da Polícia Militar, onde permanece preso.

























