O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) da Argentina afirmou que a temperatura registrada na estação de Perito Moreno, na Patagônia, foi de -22,5°C nesta manhã de segunda-feira (17).
A marca de 22,5°C abaixo de zero não é um recorde absoluto de temperatura no país. Em 14 de julho de 1991, a estação meteorológica de Maquinchao, localizada em Río Negro, bateu -35°C. Esse registro histórico permanece como a mais baixa temperatura já registrada nessas condições geográficas específicas.
“As temperaturas de hoje superaram a escala”, afirmou o SMN, informando que as medições são representadas visualmente nos mapas meteorológicos seguem as marcas até o limite de -18°C.
Como lembram os meteorologistas, as escalas são arbitrárias e elaboradas conforme a realidade local de cada país ou centro de pesquisa. No Brasil, por exemplo, a escala termina em -6°C.
Por que tanto frio na Argentina?
O frio intenso se deve à influência de um ciclone extratropical localizado no Atlântico Sul, ao sul do Brasil. Esse sistema climático está atualmente distante do continente, o que significa que não apresenta risco de ventos fortes. Apesar disso, sua presença é responsável pela entrada de massas de ar frio, resultando em temperaturas baixas na Argentina.
O frio deve permanecer os próximos dias, e vai cair abaixo de zero em cidades localizadas na fronteira com o Uruguai, bem como em outras regiões da Argentina (Sul e Campanha). As condições vão influenciar o tempo nos estados do Sul do Brasil.
O amanhecer desta segunda-feira (17), teve geada e termômetros abaixo de 0ºC em Santa Catarina. Teve registros de geada também em algumas áreas gaúchas e os termômetros marcaram 1,3°C em Quaraí (RS).






