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Laudo diz que menino que brincava com calcário morreu asfixiado por soterramento

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A Polícia Civil ainda aguarda laudos complementares, que devem auxiliar no andamento das investigações.

Conforme informação que consta em laudo pericial, a causa da morte do menino Arthur Emanuel Bitencourt, de 7 anos, ocorrido no dia 3 de agosto, em uma propriedade rural no interior do Paraná, foi por asfixia por soterramento, informou a Polícia Civil.

A fatalidade aconteceu no município de Ipiranga, enquanto o pai do menino aplicava calcário na lavoura. A Polícia informa que aguarda laudos complementares, que devem auxiliar no andamento das investigações. O delegado Juarez Filho vai ouvir familiares de Arthur nos próximos dias para entender com exatidão as circunstâncias do acidente. 

Relembre o caso

O menino morreu após brincar com uma carga de calcário que seria usada na fazenda da família. Segundo o tio da criança, ela ficou sufocada após inalar o pó.

No Boletim de Ocorrência (B.O.) registrado pela Polícia Militar, consta que o pai aplicava o produto na lavoura enquanto observava o menino brincando com o produto.

Em determinado momento, o pai viu que o menino estava “enterrado” no calcário e rapidamente o retirou do local e levou a criança para o hospital da cidade, segundo o boletim, mas a criança já chegou sem vida.

A família disse que não sabia dos riscos ao mexer com calcário e que, tanto a vítima quanto outras crianças da família, tinham brincado com o material em outros momentos.

Dias depois da morte, o tio da criança publicou uma foto do menino brincando no calcário minutos antes de morrer.

“Essa foto foi a última e tirada minutos antes do teu trágico falecimento, ocasionado pela inalação de calcário, enquanto brincava. […] As lembranças que terei de você, meu querido, sempre serão as melhores”, diz a publicação.

Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o calcário é muito usado em lavouras para corrigir a acidez do solo. A substância deve ser armazenada em local seco e limpo, dentro da embalagem original fechada. Devem ser evitadas a inalação e a geração de poeira.

O material pode causar irritação nos olhos, pele e sistema respiratório. A exposição prolongada à sílica cristalina, como é chamada a fração respirável, pode causar tosse, falta de ar, diminuir a função pulmonar, irritar os olhos e até mesmo provocar câncer, diz o IPT.

Em casos de inalação, o Instituto recomenda que a pessoa seja imediatamente levada para espaços com ar fresco e para atendimento médico.

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