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Motorista que atropelou ator não responderá por nenhum crime, diz polícia

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Polícia descarta culpa de motorista no atropelamento de Kayky Brito.

AGÊNCIA BRASIL – A 16ª Delegacia de Polícia Civil, da Barra da Tijuca, decidiu, nesta terça-feira (26), pelo arquivamento do caso de atropelamento do ator Kayky Brito. O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo nota desta quarta-feira (27) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, as investigações constataram que o motorista Diones Coelho da Silva estava a cerca de 48 km/h, abaixo da velocidade máxima permitida na avenida, que é de 70km/h. Além disso, o laudo atesta também que o motorista estava a menos de 10 metros do ator.

“O laudo é esclarecedor e não restam dúvidas. A distância entre carro e vítima no instante em que ele inicia a travessia, mesmo a uma velocidade abaixo da permitida, era insuficiente para que o motorista percebesse, reagisse e parasse o veículo sem impacto”, explica o titular da 16ª DP, delegado Ângelo Lages.

Segundo o Instituto de Criminalística Carlos Éboli, responsável pela perícia, o motorista só teria tempo hábil de reação e frenagem adequada se a distância fosse de pelo menos 26 metros. De acordo com o delegado Ângelo Lages, o motorista não responderá por nenhum crime.

Por meio de suas redes sociais, o motorista Diones Coelho da Silva comemorou que a polícia concluiu que ele não tinha culpa no acidente. “Acordei com a notícia do encerramento do inquérito, que foi deferido ao meu favor”, publicou.

Além de estar em uma velocidade menor do que a permitida, o motorista não ingeriu álcool ou qualquer substância. Diones também tentou evitar a batida e prestou socorro no momento do acidente. Mas e Bruno de Luca, amigo de Kayky que estava no local e não prestou socorro?

De acordo com o delegado, Bruno não será indiciado por omissão de socorro. O motorista, ao se envolver em um atropelamento, tem o dever legal de pedir socorro. Além disso, a partir do momento em que alguém presta socorro, qualquer outra pessoa que estivesse naquela cena fica isento de qualquer tipo de responsabilidade”, disse ao G1.

Ele ainda completou afirmando que o apresentador teria a mesma responsabilidade que qualquer um que esteve no local e não prestou socorro. “Se a gente fosse pensar em indiciar o Bruno de Luca, também a gente deveria indiciar as pessoas que estavam no quiosque, a própria passageira e outras pessoas que estavam no local. Então, a partir do momento que uma pessoa solicitou socorro, todos os demais que estão ali ficam isentos de responsabilidade”, completou.