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Senado aprova que governo Lula não cumpra piso da saúde

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Simone Tebet, afirmou que é mais fácil para o governo aumentar a arrecadação por meio de novas medidas do que cortar gastos.

O Senado Federal aprovou, por 63 votos a favor e apenas dois contrários, um projeto de lei que permite ao governo Lula não cumprir a exigência de pagar o piso da saúde para 2023.

O dispositivo estava inserido em um projeto de lei que autoriza a compensação de receita a estados e municípios em decorrência da redução do ICMS sobre os combustíveis.

O projeto, que segue para sanção presidencial, retira a obrigatoriedade de destinar 15% da receita corrente líquida (RCL) para a saúde. Para cumprir o piso, seria preciso desembolsar mais R$ 20 bilhões.

A possibilidade de revogação do teto da saúde foi inserida pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR), ainda quando o projeto tramitava na Câmara dos Deputados. A proposta não estava prevista na pauta desta quarta pelo Senado, mas foi aprovada como pauta extra.

Dentre os votos contrários ao projeto, apenas os senadores Eduardo Girão (Novo) e Carlos Portinho (PL) se negaram a aprovar a proposta que prevê o descumprimento do teto. Todos os senadores do PT votaram para aprovar a proposta.

Tratativas do governo

Na semana passada, o Ministério da Fazenda enviou uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) para deixar de aplicar, em 2023, o valor mínimo constitucional de investimento em saúde e educação.

O governo quer saber se a obrigatoriedade do piso não valeria só a partir de 2024.

Também nesta quarta-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que é mais fácil para o governo aumentar a arrecadação por meio de novas medidas do que cortar gastos.

Prefeitos se mobilizam contra proposta

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) enviou ofícios para o Senado e para o Tribunal de Contas da União manifestando preocupação sobre a possibilidade de descumprimento do piso constitucional de Saúde em 2023.

Na avaliação da FNP, que reúne principalmente prefeitos de capitais e grandes cidades, isso pode comprometer o acesso e a qualidade dos serviços de saúde.

“É um absurdo a redução do repasse de recursos federais para a Saúde”, disse o vice-presidente da área de Saúde da FNP e prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos).

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