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Brasil registra segundo terremoto de alta magnitude em 8 dias

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Falhas geológicas encontradas no centro da placa tectônica sul-americana podem explicar abalos no território brasileiro.

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O município de Tarauacá, no Acre, registrou o segundo terremoto de alta magnitude em oito dias. O novo tremor ocorreu neste domingo (28), por volta das 4h da madrugada no horário local (6h no horário de Brasília) e teve magnitude 6,5 na escala Richter.

O tremor foi detectado pela Agência de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, que identificou o epicentro a 609,5 quilômetros de profundidade no solo e pouco ou nenhum risco de deslizamentos causados pelo evento geológico.

O tremor anterior ocorreu no dia 21 de janeiro e teve magnitude um pouco maior, de 6,6 graus na escala Richter. Assim como o deste domingo, os bombeiros não foram acionados e não há registro de grandes danos. A profundidade foi de 614,5 quilômetros, o que ajudou a limitar os possíveis danos.

O Corpo de Bombeiros de Tarauacá informou não ter atendido nenhuma ocorrência relacionada ao terremoto até o momento, embora moradores tenham ligado para saber o que havia acontecido. Tarauacá fica no noroeste do estado, a 381 quilômetros da capital Rio Branco. Tem 43 mil habitantes, segundo o Censo 2022.

“Devido à grande profundidade onde foi o epicentro desse terremoto, ele quase não é sentido na superfície, mesmo tendo alguns relatos da população. Não houve danos, nem emergências, mas estamos mantendo o monitoramento da região”, disse o coordenador da Defesa Civil acreana, Carlos Batista.

Falhas geológicas encontradas no centro da placa tectônica sul-americana podem explicar abalos no território brasileiro, destaca Aderson Farias do Nascimento, professor e coordenador do LabSis (Laboratório Sismológico) da UFRN (Universidade Federal da Rio Grande do Norte).

O especialista ressalta que as placas observadas na atualidade são resultados de processos de sobreposição que duraram milhões de anos. Como nem sempre há um encaixe perfeito dessas estruturas, são originadas as rachaduras que causam os terremotos no Brasil.

“Não temos muita facilidade para estudar as atividades sísmicas que acontecem no interior das placas, uma vez que as falhas não são tão evidentes como os encontros dessas diferentes estruturas. Esse é um dos fatores que levaram as pessoas a demorarem para acreditar na existência dessas rachaduras e no seu potencial de gerar tremores”, explica.

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