A chegada de Javier Milei à presidência da Argentina já começa a ter reflexos na economia do país. Além das reformas econômicas anunciadas pelo novo governo, os preços começam a se ajustar à redução dos subsídios públicos e à desvalorização da moeda.
O consumidor argentino já sente no bolso a disparada dos preços. No entanto, a distorção da economia argentina é tão grande que, mesmo assim, muitos valores continuam muito abaixo dos praticados no Brasil.
O exemplo mais claro é o da gasolina. O preço do litro do combustível subiu 90% na Argentina desde a chegada de Milei à Casa Rosada em 10 de dezembro.
Atualmente, o litro da gasolina custa 699 pesos, o que equivale a cerca de R$ 3,25 pela cotação do dólar paralelo.
Mesmo com esse aumento, a gasolina na Argentina ainda é mais barata que no Brasil. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina comum no Brasil está em R$ 5,58. Portanto, a gasolina argentina é 40% mais barata que a brasileira.
O aumento da gasolina na Argentina é resultado da redução dos subsídios públicos ao setor de energia. O governo de Milei prometeu acabar com esses subsídios, que custam bilhões de dólares por ano ao país.
A desvalorização da moeda argentina também contribui para o aumento dos preços. O peso argentino perdeu mais de 50% do seu valor em relação ao dólar nos últimos dois anos.
O aumento dos preços é um desafio para o governo de Milei. O presidente argentino prometeu melhorar a economia do país, mas o aumento da inflação pode prejudicar a sua popularidade.