Casal suspeito de matar criança é preso e proteção ao irmão da vítima está sendo adotada

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Os suspeitos teriam agredido até a morte e depois enterrado o corpo, dentro de uma mala, para esconder o crime.

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Foi decretada prisão temporária requerida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) de dois suspeitos de matar uma menina de três anos de idade em Indaial. A prisão foi requerida a fim de que o casal, mãe e padrasto da vítima, não possa interferir nas investigações. Ambos foram encaminhados ao Presídio.

Imagens de uma câmera de segurança, divulgadas nesta quinta-feira (7), registraram o momento no qual eles abandonam uma mala usada para carregar a criança morta (veja na sequência das imagens abaixo):

Ainda na quarta-feira, o Ministério Público (MP) requereu medidas protetivas do irmão da vítima, porém nem o MP e nem Polícia Civil informaram a idade dele.

O casal já tinha sido denunciado por maus tratos e era investigado antes do assassinato da menina. As autoridades também não esclareceram se os maus-tratos ocorriam contra os dois.

O procedimento, segundo o MP, foi instaurado em dezembro do ano passado, a partir de um relatório enviado pelo Conselho Tutelar. As denúncias que originaram a atuação eram anônimas.

O procedimento buscava reunir elementos mais concretos a respeito do contexto da família, em especial às suspeitas de maus-tratos, em parceria com o Conselho Tutelar e outros órgãos da rede de proteção, como o Centro de Referência de Assistência Social (Creas).

Os suspeitos, no entanto, segundo nota do MPSC, “vinham dificultando a apuração e o acompanhamento dos órgãos de proteção, chegaram até a mudar de endereço”.

Ontem, diante dos fatos, o MP pediu medidas protetivas ao irmão da vítima.  O pedido foi deferido pela Justiça em regime de plantão ainda durante a noite. 

Mais informações sobre o caso não são possíveis repassar porque todos os casos que envolvem crianças e adolescentes correm em sigilo por previsão legal.

Entenda o ponto a ponto do crime, segundo a investigação:

  • Os pais procuraram a polícia e informaram que a criança desapareceu sem deixar vestígios;
  • Durante as oitivas de mais de 12 pessoas, entre familiares e vizinhos, a polícia identificou contradições nas versões;
  • Após confessar o crime, o padrasto indicou à polícia o local onde estava o corpo da vítima. Na casa da mãe e padrasto foram encontrados vestígios de sangue;
  • A menina foi agredida e, após perceberem que ela estava sem vida, os dois decidiram, de comum acordo, colocar a vítima em um mala e enterrar o corpo nas proximidades da BR-470;
  • Os motivos das agressões seriam uma forma de “corrigir” a criança;
  • Laudos vão apontar como a criança foi morta.