O corpo de menina Isabelle de Freitas, de 3 anos, que estava desaparecida desde segunda-feira (4) em Indaial, no Vale do Itajaí, foi encontrado no início da noite desta quarta-feira (6), informou o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel.
Em uma rede social, o delegado informou que mãe e padrasto, ouvidos ao longo da tarde, confessaram o crime. “Morreu de tanto apanhar”, escreveu.
Conforme a Polícia, o corpo foi localizado em uma área de mata fechada, enterrado em uma cova rasa, às margens da BR-470.
O desaparecimento da criança era divulgado pela mãe, Daniela Blum, e pelo padrasto, Marcelo Luciano, nas redes sociais. Em entrevista para mídias locais, a mulher, em meio a lágrimas, contava sobre o susposto sequestro da filha (vídeo no final da matéria).
Inicialmente, o padrasto havia relatado que saiu para trabalhar por volta das 14h de segunda-feira, e a menina ficou em casa com a mãe. Cerca de 40 minutos depois, recebeu mensagem da mulher dizendo que a criança havia sumido enquanto ela estendia roupa no quintal.
A Polícia Militar foi acionada e os bombeiros chegaram a fazer buscas pelas redondezas, porém nenhuma pista foi encontrada. O caso foi repassado para a Polícia Civil na manhã de hoje e imediatamente uma equipe de investigação deslocou-se para coletar informações.
De acordo com o Delegado Felipe Martins, durante coletiva de imprensa na noite de hoje, já de início percebeu-se contradições nos relatos, tanto da mãe da criança quanto do padrasto. O casal passou por interrogatório ao longo da tarde desta quarta. Por fim, ele [padrasto] acabou confessando o crime.
O padrasto da menina indicou o local onde estava o corpo, que foi encontrado pela Polícia Civil, tendo sido acionada imediatamente a Polícia Científica para os exames periciais de praxe. Também foi realizada perícia de local de crime e na residência do casal, onde foram encontrados diversos vestígios de sangue.
Todo o material coletado foi encaminhado para análise nos laboratórios especializados da Polícia Científica. O propósito destes exames é estabelecer de maneira precisa a dinâmica dos fatos. O delegado aguarda laudos periciais da Polícia Científica (PCI) para determinar a forma como a criança foi morta.
Ainda segundo Martins, o padrasto confessou ter iniciado o ataque “porque queria corrigir a criança”. O homem disse que iniciou as agressões – com a participação da mãe da criança – e em determinado momento, ao perceber que a criança tinha evoluído à óbito, de comum acordo resolveram se livrar do corpo.
Eles então enrolaram o corpo da pequena Isabelle em um cobertor, colocaram dentro de uma mala e buscaram uma área de mata para enterrá-lo.
A mala foi posteriomente deixada em uma calçada (veja na sequências de imagens abaixo). Uma câmera flagrou o momento em que a mãe e o padrasto abandonaram a mala usada para transportar o corpo da criança até o local onde a enterraram.
A motivação para o crime, segundo relatou o delegado em entrevista, é que a violência seria uma forma de correção, já que a menina teria ‘olhado feio‘ para o padrasto e não queria comer.
As diligências seguem para elucidar todos fatos referentes a esse crime brutal. Ambos foram encaminhados ao Presídio e se encontram a disposição da Justiça.