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Imprensa internacional repercute caso de idoso que foi levado morto a banco para pegar empréstimo 

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Um jornal americano chegou a ironizar o caso: “Mulher brasileira leva o tio morto ao banco…. ‘Ei, podemos pegar um empréstimo?”.

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O caso da mulher que levou um cadáver em uma cadeira de rodas para tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil no banco no Rio de Janeiro repercutiu na imprensa internacional nesta quarta-feira (17). A notícia foi dos nossos vizinhos Argentina ao Reino Unido chegando até a Austrália.

Erika de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante pelos crimes de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. Segundo a polícia, a mulher tentou simular com que o idoso fizesse a assinatura do empréstimo, mas ele já entrou morto no banco. (Vídeo abaixo/conteúdo sensível)

O jornal argentino “Clarín” destacou o caráter grotesco do caso: “Horror: levou seu tio morto ao banco e tentou sacar um empréstimo”.

O tabloide britânico “The Guardian” destacou que Erika sabia que o idoso estava morto no momento que tentava pegar o empréstimo e descreveu o crime como “chocante”.

O jornal ainda trouxe a fala do delegado Fábio Luiz Souza: “Ela sabia que ele estava morto. Ele estava morto há pelo menos duas horas (…) “Nunca me deparei com uma história assim em 22 anos [como policial]”.

O jornal americano “TMZ” ironizou o caso: “Mulher brasileira leva o tio morto ao banco…. ‘Ei, podemos pegar um empréstimo?”.

O jornal americano New York Post chamou Erika de “descarada” e publicou o texto na seção “Estranho mas verdade”. Além disso, destacou que ela “aparentemente segurava a cabeça dele, que estava caindo”.

O caso chegou até a Austrália. O jornal “PerthNow” chegou a deixar a notícia do idoso morto na manchete principal da página inicial do site durante algumas horas.

Entenda o caso

Uma mulher foi levada para a delegacia, na tarde desta terça-feira (16), depois de levar um cadáver em uma cadeira de rodas para tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ela acabou sendo presa.

Funcionários do banco suspeitaram da atitude de Érika de Souza Vieira Nunes e chamaram a polícia. O Samu foi ao local e constatou que o homem, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto – aparentemente havia algumas horas. A polícia apura como e exatamente quando ele morreu.

“Ela tentou simular que ele fizesse a assinatura. Ele já entrou morto no banco”, explicou o delegado Fábio Luiz, que investiga o caso.

O principal é: a gente continuar a investigação, pra gente identificar demais familiares, e saber se quando esse empréstimo foi realizado se ele estava vivo, qual é a data desse empréstimo”, explica o delegado.

Na delegacia, a mulher disse que sua rotina era cuidar do tio, que estava debilitado. A polícia apura se ela é mesmo parente dele. Érika foi presa em flagrante e vai responder por furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.

Vídeo mostra idoso ainda vivo, em cadeira de rodas, um dia antes de ser levado morto para sacar dinheiro

A polícia do Rio conta com novos depoimentos e imagens para esclarecer o caso. Segunda-feira (15), pouco antes das 18h, Érika de Souza Nunes aparece com Paulo Roberto Braga saindo de um shopping. Nesse mesmo dia, ele teve alta médica depois de ficar uma semana internado com um quadro de infecção pulmonar. Testemunhas disseram que os dois estiveram em uma loja que faz empréstimos. Cerca de uma hora depois, os dois voltam ao shopping. Paulo Roberto mexe sozinho o braço esquerdo.

Na terça (16), Érika e o tio retornam ao mesmo shopping em um carro de aplicativo pouco antes das 13h. O motorista ajuda Érika a desembarcar Paulo Roberto, que aparentemente não tem reação. A cabeça dele está caída para o lado. Poucos depois, os dois aparecem em uma cafeteria. Paulo Roberto continua sem se mexer. Em seguida, Érika tenta ajeitá-lo na cadeira e segue, sozinha, para a loja de empréstimos.

Na mesma tarde, Érika leva Paulo Roberto até a agência bancária onde ela tentou sacar R$ 17 mil de um empréstimo que já tinha sido pré-aprovado no nome do idoso.