MP oferece denúncia contra mãe e padrasto de menina de 3 anos assassinada em Indaial

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O órgão pede que eles sejam levados a júri popular. A denúncia foi feita na segunda-feira (8) e divulgada nesta quinta (11).

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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ofereceu à Justiça uma denúncia contra Daniela Sehnen BlumMarcelo Luciano Gomes, mãe e padrasto da menina Isabelly de Freitas, de apenas três anos. A criança teria sido agredida por todo o corpo, o que causou sua morte. “Morreu de tanto apanhar’, disse o delegado geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel.

Os réus foram denunciados pelo suposto crime de homicídio, qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, com agravante de o crime ter sido cometido contra menor de 14 anos (Lei Henry Borel), e ainda por ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.

Isabelle de Freitas, de 3 anos, foi morta em Indaial — Foto: Reprodução/Redes sociais

A 2ª Promotoria de Justiça pediu na denúncia que os réus sejam julgados pelo Conselho de Sentença. A denúncia foi feita na segunda-feira (8) e divulgada nesta quinta (11). 

Segundo a ação penal, era por volta de 11 horas da manhã do dia 04 de março de 2024, no endereço onde a família morava, no bairro Rio Morto, em Indaial, quando o casal teria reagido de forma violenta ao fato de a menina, de apenas três anos de idade, não querer comer e ter indicado que iria chorar.

A mãe e o padrasto teriam passado a agredi-la, desferindo golpes por todo o corpo dela, com maior concentração na região da cabeça, o que provocou a morte da criança por traumatismo cranioencefálico, segundo o laudo pericial.

Ainda segundo a denúncia do MPSC oferecida à Justiça, depois da morte da menina, o casal teria colocado o corpo de Isabelly em uma mala e levado até uma área de mata fechada no bairro João Paulo II, também em Indaial, onde a teriam enterrado em uma cova rasa.

No mesmo dia do crime, o casal teria comunicado uma falsa ocorrência à Polícia Militar. A prisão temporária do casal foi decretada no dia 6 de março, a pedido do MPSC, que também requereu medida protetiva para o irmão da vítima. Em 3 de abril, houve a conversão da prisão para preventiva.