As mortes de Ângela Maria Kazmierczak Partala, de 44 anos, e de Gerônimo Kosmala, de 58, ambos agricultores, ocorridas no último fim de semana em Itaiópolis, ainda não tem explicação e são investigadas, de acordo com o delegado Eduardo Borges da Divisão de Investigação Criminal de Mafra, responsável pelo caso.

Ainda segundo o delegado, eles possuíam um relacionamento, apesar de não viverem juntos, e a mulher estaria passando alguns dias na casa do homem, em uma casa simples, na localidade de Paraguaçu, zona rural de Itaiópolis.

Ambos foram encontrados mortos, deitados e cobertos na cama da mesma residência, porém com algumas horas de diferença.

As equipes de socorro foram acionadas na manhã domingo (19), para atender a morte de Ângela. Ela não apresentava lesões ou sinais de violência, nem indícios de envenenamento, levando a crer que foi uma morte natural. O popular ‘morreu dormindo’.

Contudo, a ausência de uma causa clínica aparente para o óbito, considerando que Ângela era uma mulher ainda jovem, não fazia uso de medicamentos e nem tinha histórico conhecido de doenças, levou o médico de plantão a acionar a polícia para investigar a morte.

No momento que policiais faziam diligências no local, Gerônimo Kosmala relatou que na noite anterior eles jantaram, consumiram bebida alcoólica e foram dormir. Na manhã seguinte Ângela estava morta.

Menos de 24 depois, a polícia foi acionada novamente, desta vez por conta do óbito de Gerônimo. O chamado foi feito por uma sobrinha dele, que reside em uma casa no mesmo terreno.

Gerônimo também foi encontrado na cama, coberto, em óbito, sem sinais de violência, em situação idêntica a morte de Ângela, levantando mais questões sem respostas.

“Nenhuma lesão foi encontrada em seu corpo, e não há nada que explique imediatamente a causa da morte“, disse o delegado Borges.

Este cenário perturbador levou as autoridades a abrir uma investigação minuciosa. “Estamos explorando todas as possíveis linhas de investigação“, afirmou o delegado, “nada pode ser descartado”.

A Polícia Civil aguarda o resultado de exames toxocológicos dos corpos. Durante as perícias feitas na residência, conforme Borges, nada aparentemente anormal foi encontrado.

Cronograma das mortes

De acordo com o relato do delegado, Ângela foi para a casa de Gerônimo na quarta-feira anterior (15) e desde então estava lá, com a rotina seguindo normalmente.

A sobrinha, que mora em uma edificação separada nos fundos da propriedade, mencionou que após o jantar de sábado (18), ambos foram se deitar e nada anormal foi notado até a descoberta trágica na manhã de domingo.

Antes de sua própria morte, Gerônimo chegou a conversar com a polícia sobre o falecimento de Ângela, descrevendo uma noite aparentemente normal que terminou em tragédia.

Inicialmente, conforme a investigação, a sobrinha não é considerada suspeita. Foi ela que encontrou o corpo do tio na manhã de segunda-feira e acionou a polícia.

A investigação segue em andamento, buscando esclarecer as causas das mortes e determinar se há indícios de crime.