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Polícia Federal prende suspeito de morte de indígena em Itaiópolis

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Mediante representação da Polícia Federal, a Justiça decretou a prisão temporária do investigado.

A Polícia Federal prendeu o principal suspeito do assassinato do indígena Hariel Paliano, de 26 anos. Ele foi encontrado morto, com sinais de espancamento e queimaduras, em uma estrada às margens da rodovia SC-477, que liga os municípios de Itaiópolis e Doutor Pedrinho. O crime aconteceu no dia 27 de abril.

Vice-cacique da comunidade, o jovem foi encontrado com o corpo parcialmente queimado. Segundo a Polícia Militar, o corpo da vítima tinha sinais de espancamento, em especial na região da cabeça.

Paliano teria sido vítima de uma emboscada, quando saiu de casa para comprar alimentos numa mercearia. Hariel residia em uma casa que já havia sido alvo de ataque a tiros em ocasião anterior.

A prisão do suspeito ocorreu na manhã de ontem (24) na cidade de Xanxerê. Em nota, a PF informou que instaurou inquérito e, após buscas realizadas no último dia 10, foram colhidos outros indícios que indicam a autoria do crime.

A Justiça, então, decretou a prisão temporária do investigado, com validade de 30 dias, período em que a polícia deve prosseguir com as investigações sobre as circunstâncias da morte.

Tiros

De acordo como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o crime ocorreu a 300 metros da casa de Hariel, na aldeia Kakupli. Ele morava com a mãe e o padrasto, líder do povo Xokleng. No dia 4 de abril, a casa também havia sido alvo de tiros e a PF investiga o caso.

A aldeia está localizada na Terra Indígena Ibirama La Klaño, onde vivem indígenas das etnias Xokleng, Guarani e Kaingang, ao qual pertencia Hariel. A disputa de terras no local foi analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao considerar inconstitucional a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Após a análise da Corte, o Congresso Nacional aprovou projeto de lei validando o marco. Segundo o Cimi, os episódios de violência na região foram intensificados após a decisão dos parlamentares.

Ainda há ações no STF sobre o tema. Em decisão, o ministro Gilmar Mendes determinou a realização de conciliação nas ações que tratam da validade do marco temporal.

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