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Brasil é primeiro país do mundo a registrar morte por Febre Oropouche, diz ministério

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A febre do Oropouche é uma doença causada por um vírus transmitido principalmente pelo mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

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As duas mortes por febre oropouche confirmadas nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Saúde são as primeiras registradas no mundo. Segundo comunicado divulgado pela pasta, “até o momento, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença.”

As mortes aconteceram no interior da Bahia. Duas pessoas, com menos de 30 anos, sem comorbidades, tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

Uma terceira morte segue em investigação em Santa Catarina, de um homem que se hospedou em Blumenau, no Vale do Itajaí. Ele é morador do Paraná e morreu em abril deste ano. Durante a investigação, foi estabelecido que o local provável da transmissão foi em Santa Catarina.

Entenda os sinais e sintomas da febre do Oropouche

A febre do Oropouche é uma doença causada por um vírus transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya. O quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Outros sintomas, como tontura, dor atrás do olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. 

Casos mais graves podem incluir o acometimento do sistema nervoso central, por exemplo de meningoencefalite, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Ainda há relatos de manifestações hemorrágicas.  

A orientação é similar aos casos de dengue, que a população, ao observar os sintomas, procure por uma unidade de saúde. 

Não há tratamento específico disponível. As medidas de prevenção consistem em evitar áreas com a presença de maruins ou minimizar a exposição às picadas dos vetores, seja por meio de recursos de proteção individual (uso de roupas compridas e de sapatos fechados) ou coletiva (limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas).