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‘Foi aqui que pediram uma picanha? Pois chegou, e vai ter ainda mais’!

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Perfil oficial do Governo Federal no Instagram comemora que a vida do brasileiro está bem melhor e a picanha mais acessível.

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Em março do ano passado, o presidente Lula publicou um vídeo em seu perfil oficial no Facebook, onde incentivava o brasileiro a comer abóbora para matar a fome, e esquecer da picanha, que foi uma de suas promessas de campanha: “Se a gente ajudar todo mundo a plantar (as abóboras) e tiver condições de fazer com que o povo possa comprar, ninguém vai passar fome nesse país“, afirmou Lula, segurando uma grande abóbora nas mãos. A cena foi gravada em uma feira livre.

Pouco mais de um ano depois, o petista mudou a conversa. Em uma publicação no perfil oficial do Governo do Brasil no Instagram, ele celebrou:

Foi aqui que pediram uma picanha? Pois chegou, e vai ter ainda mais! A vida do brasileiro está melhor desde 2023, ano em que o salário mínimo voltou a ter aumento real acima da inflação. Nesse período, o preço médio de todas as carnes caiu e a picanha também ficou mais acessível. Mais salário e mais picanha: isso é bom pra todo mundo.”

Será mesmo que a vida do brasileiro melhorou? O governo insiste que o aumento do salário mínimo e a queda no preço da picanha são sinais de progresso. Mas, a realidade é que muitos brasileiros ainda lutam para sobreviver.

Enquanto o governo promove uma narrativa de abundância, é essencial questionar se esses números realmente refletem uma melhora significativa na vida da população ou se são apenas uma tentativa de maquiar a situação econômica do país.

Nesta quarta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, que o combate à fome é uma escolha política: “A fome não resulta apenas de fatores externos, ela decorre, sobretudo, de escolhas políticas”, disse o presidente no evento para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro.

O pobre não vai comer nem pescoço de galinha

No início deste mês, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que com os cortes anunciados pelo Governo de Lula, que vão atingir benefícios sociais como BCP e Bolsa Família, o pobre não vai comer nem pescoço de galinha e nem abóbora. A fala foi feita pelo ex-presidente por meio das redes sociais. Bolsonaro disse ainda que os cortes só serão realizados em 2025 para não atrapalhar as eleições.

Na última segunda-feira (22), o Governo Federal anunciou o bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento, no momento em que o Brasil vivencia um estado de atenção sobre o rumo das contas públicas.

O Governo deve divulgar na próxima terça-feira (30), onde haverá congelamento de despesas de R$ 15 bilhões e as pastas que serão afetadas.

Hoje (24), em sessão na Câmara dos Deputados em Brasília, o deputado Claudio Cajado (PP-BA), disse que é preciso discutir se as despesas obrigatórias foram subestimadas no Orçamento de 2024 para que não ocorra o mesmo no ano que vem. Cajado acredita que os cortes não devem ser suficientes para garantir a meta fiscal.

A nossa expectativa é que o governo faça novos contingenciamentos ao longo do exercício”, afirmou.

Com corte ou sem corte, o importante é que o brasileiro está comendo mais picanha e menos abóbora, segundo o governo. Certo? ou não?