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Justiça da Venezuela confirma vitória de Maduro mas coloca atas de urna sob sigilo

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O Supremo Tribunal ratificou a vitória e informou as atas da eleição de 28 de julho não serão divulgadas.

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O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela validou a vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição presidencial de 28 de julho, selando o apoio institucional para o partido no poder.

O Supremo revisou os documentos da autoridade eleitoral e concordou que Maduro venceu a eleição“, disse a presidente do tribunal, Caryslia Rodriguez, acrescentando que a decisão não pode ser apelada.

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela também decidiu, nesta quinta-feira (22), que todo o material eleitoral entregue pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e pelos partidos à Corte deve permanecer sob o resguardo da justiça.

Na prática, isso significa que as atas da eleição de 28 de julho não serão divulgadas.

A autoridade eleitoral disse desde a noite da eleição que Maduro ganhou pouco mais da metade dos votos, embora não tenha publicado os números completos.

O Conselho Nacional Eleitoral, órgão comandado por chavistas, não divulgou os boletins de urna, o que levou a uma série de questionamentos, inclusive internacionais, sobre a transparência da eleição.

A oposição, liderada por María Corina Machado, repete o discurso de que venceu com 83,5% dos votos. O CNE, entretanto, afirma que Maduro obteve 51,95% dos votos, contra 43,18% de González.

O desfecho, porém, é alvo de questionamentos devido à falta de transparência. O Carter Center, um dos principais observadores das eleições venezuelanas, alegou não ser possível verificar a autenticidade do resultado do pleito.

Imediatamente após a decisão desta quinta-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) se manifestou sobre a credibilidade da justiça venezuelana.

“O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela foi solicitado a auditar os resultados eleitorais anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral. A Missão de Determinação dos Fatos sobre este país alerta sobre a falta de independência e imparcialidade de ambas as instituições.”

María Corina foi às redes sociais para criticar o veredito do tribunal.

“Não há manobra que possa conferir um pingo de legitimidade a Nicolás Maduro, face ao golpe de estado contra a constituição que pretendem perpetrar”, escreveu no X.