Um acidente envolvendo três veículos deixou 38 mortos na madrugada deste sábado (21), na altura do KM 285 da BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão ocorreu às 3h30 e envolveu um ônibus, um carro e uma carreta que transportava uma pedra de granito.
O motorista da carreta envolvido no acidente fugiu do local. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais nesta tarde.
Inicialmente acreditava-se que a batida havia ocorrido após um dos pneus do ônibus ter estourado, o que teria feito com que o motorista perdesse o controle e colidisse com a carreta. No entanto, uma nova versão aponta que um bloco de granito teria caído da carreta e atingido o ônibus.
Logo após o impacto da pedra com o ônibus ocorreu um grande incêndio. Vídeos gravados por pessoas que passaram pela rodovia momentos após o acidente mostram os veículos em chamas.
O ônibus da empresa EMTRAM saiu de São Paulo na sexta-feira (20), por volta das 7h do terminal rodoviário Tietê, e tinha como destino Vitória da Conquista (BA), um trajeto de aproximadamente 1,5 mil km.
Em nota enviada à imprensa, a empresa lamentou o acidente, disse que colaborando na investigação da causa do acidente e que “está empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico”.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o acidente vitimou 48 pessoas, sendo que 45 estavam no ônibus e 3 no carro. Treze foram encaminhadas para o hospital, e uma morreu na unidade de saúde; nove estão em estado grave. Até o momento, foram confirmadas 38 mortes, 25 totalmente carbonizadas, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais.

O agente da Polícia Rodoviária Federal, Fabiano Santana classificou o acidente como “uma tragédia sem precedentes para a região” e informou que a maior parte das mortes foi causada pelo incêndio do ônibus. “Foram vítimas resgatas para o hospital, pessoas que se queimaram tentando resgatar vítimas, crianças pedindo para resgatar os pais”, relatou Santana.
O acidente em Minas Gerais é a maior tragédia em rodovias federais desde 2007, início da série histórica da PRF. A rodovia ficou interditada totalmente por cerca de dez horas e só foi liberada no meio da tarde.