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Ex-marido e filho matam novo namorado da mãe por não aceitarem relacionamento

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Ambos enfrentaram o Tribunal do Júri na última semana e foram julgados por imobilizar e matar a facadas a vítima. Um dos réus pegou 21 anos e o outro 15 anos.

Na noite de 3 de dezembro de 2023, Edilson Jocelio Bueno, de 39 anos tomava sorvete com a nova namorada no Centro de Caçador, quando foi surpreendido pela chegada do ex-marido e do filho dela.

Ele foi imobilizado e atacado com uma faca e não resistiu aos ferimentos. Testemunhas relataram que um dos réus imobilizou a vítima enquanto o outro desferiu os golpes fatais.

Uma câmera de videomonitoramento flagrou o momento em que o homem saiu da sorveteria enquanto era esfaqueado. Ele correu por alguns metros, mas caiu na rua e morreu assim que chegou ao hospital. 

O pai, Wesley Fermino da Silva de 45 anos, e o filho, Mateus Ribeiro da Silva de 22, foram presos em flagrante horas depois e, na última sexta-feira (21), enfrentaram o Tribunal do Júri, com base na denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O julgamento aconteceu no Fórum de Caçador e foi aberto à comunidade.

O Promotor de Justiça Vinícius Silva Peixoto conduziu a acusação, apresentando as provas contra os réus. As investigações mostraram que eles cometeram o homicídio por não aceitarem o relacionamento amoroso. 

“Foi um crime de extrema brutalidade, cometido de forma covarde e premeditada. A vítima sequer teve chance de defesa, sendo atacada enquanto estava desarmada e desprevenida, aproveitando um momento de lazer. A sociedade não admite que crimes assim fiquem impunes, e precisamos dar uma resposta firme a ela”, argumentou o Promotor de Justiça. 

A sessão teve aproximadamente 10 horas de duração. Após ouvirem os depoimentos das testemunhas, os interrogatórios dos réus e os debates entre a acusação e a defesa, o corpo de jurados acolheu a denúncia do MPSC e decidiu pela condenação. 

O pai foi sentenciado a 21 anos de reclusão, por dar as facadas. Já o filho foi condenado a 15 anos de prisão, por imobilizar a vítima.

O motivo fútil (ciúmes) e o recurso que dificultou a defesa da vítima (uso de arma branca e superioridade numérica) foram reconhecidos como qualificadoras, agravando as penas. Os réus não poderão recorrer em liberdade e foram reconduzidos à prisão assim que o julgamento terminou. 

“A condenação reafirma o compromisso do Ministério Público de Santa Catarina com a defesa da vida e com a punição daqueles que escolhem a violência. O Tribunal do Júri cumpriu seu papel e deu uma resposta firme contra esse tipo de crime”, finalizou o Promotor de Justiça.

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