O tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Miranda, mais conhecido por protagonizar a série brasileira O Vigilante Rodoviário, na TV Tupi, morreu na madrugada desta segunda-feira (17) aos 91 anos.
Miranda ficou nacionalmente conhecido ao interpretar o inspetor Carlos nesta série policial que foi exibida entre 1961 e 1962. A bordo de uma motocicleta Harley-Davidson ou de um Simca Chambord e sempre acompanhado do cão Lobo, o personagem percorria as estradas combatendo o crime e praticando o bem.
Tudo começou no circo, quando o ofício de ator encantou o adolescente Carlos Miranda. Mal ele imaginaria que essa paixão o faria conhecer um amor para a vida toda. Protagonista do seriado, ele se transformou no primeiro “super-herói” brasileiro.
O fim do papel significou o início de uma nova jornada. Para interpretar o personagem, Miranda frequentou a Escola de Policiais Rodoviários, no município de Jundiaí. Após o término da série, o ator foi convidado pelo então comandante geral da Força Pública, e general de Exército, João Franco Pontes, a ingressar na carreira policial. Depois de 25 anos, e tendo feito todos os cursos na corporação, em 1998 Miranda passou para a reserva como tenente coronel.
“A série, exibida na década de 1960, tornou-se um marco na televisão brasileira, destacando os valores de justiça, bravura e dedicação ao serviço público. A relação entre o vigilante e o Lobo não apenas entretinha, mas também inspirava e educava o público sobre a importância da segurança e do policiamento nas rodovias. Além de seu sucesso na televisão, Carlos Miranda teve uma carreira distinta na Polícia Militar, alcançando a patente de tenente-coronel. Seu comprometimento e ética profissional o tornaram um exemplo a ser seguido por gerações de policiais rodoviários”, diz a nota da Polícia Militar de São Paulo.
O velório de Miranda será sendo realizado nesta tarde no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O velório será aberto ao público e ocorrerá até as 9h de amanhã (18). O corpo do ator será enterrado amanhã nesta terça-feira (18) no Mausoléu da Polícia Militar no Cemitério do Araçá, na capital paulista.