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Pais de recém-nascido abandonado vivo em sacola são identificados pela polícia

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A mãe do bebê, uma jovem de 22 anos, desmente a história e diz que mentiu para a polícia. O menino segue internado no hospital e está em bom estado de saúde.

A Polícia Civil identificou e ouviu os pais biológicos do bebê recém-nascido encontrado abandonado dentro de uma sacola plática em um terreno baldio em Lontras, no Vale do Itajaí. De acordo com o delegado Juliano Bridi, as circunstâncias do crime estão sendo apuradas e o caso segue em sigilo. Até a tarde desta terça ninguém havia sido preso ou indiciado.

Conforme o investigador, o menino segue internado no hospital e está em bom estado de saúde. Não há informações de quando ele deixará a unidade de saúde. O destino da criança será decidido pelo Poder Judiciário.

O caso aconteceu no domingo (2), no bairro Riachuelo, segundo o relato de uma vizinha à Polícia Militar. Cachorros da vizinhança estavam mexendo na sacola e latindo muito, o que chamou sua atenção. Ela disse que encontrou a criança por volta das 7h da manhã e acionou as autoridades.

O recém-nascido tinha poucas horas de vida, estava sem roupas e vulnerável. Ele foi resgatado pelo SAMU e encaminhado ao Hospital Regional Alto Vale.

Reviravolta: Mãe desmente a história

A mãe do bebê, uma jovem de 22 anos, admitiu que inventou a história e que, na verdade, deu à luz dentro de casa na madrugada de domingo (2), por volta da 1h.

A jovem relatou que tentou manter o nascimento do filho em sigilo. Quando sua mãe (avó da criança) questionou o que ela segurava nos braços, ela, com medo, disse que era um boneco. No entanto, quando o bebê começou a chorar, acabou criando uma história sobre tê-lo encontrado no mato, dentro de uma sacola, após ouvir cachorros latindo.

A narrativa foi apresentada aos órgãos de segurança. Segundo a mãe, a criança nunca esteve abandonada, contrariando a versão inicial. 

Em nota, a Polícia Civil afirmou que a apuração está em andamento adiantado e o inquérito policial tramita em sigilo, já que envolve uma criança. O Conselho Tutelar acompanha o caso.