Uma tentativa de feminicídio foi registrada na tarde de terça-feira (3), por volta das 14h, em São Bento do Sul. A vítima, uma mulher de 31 anos, foi atacada por seu ex-companheiro, um homem de 35 anos, dentro de sua residência.
De acordo com relatos, o agressor foi até a casa da vítima para tentar reatar o relacionamento. Diante da recusa, ele sacou uma faca e desferiu múltiplos golpes contra ela, atingindo principalmente a região abdominal e o braço esquerdo. A vítima relatou que o agressor tentou degolá-la.
O ataque ocorreu na sala da residência, na presença de crianças. A mãe e a irmã da vítima, que está em período pós-parto, intervieram no ataque e também sofreram agressões. Graças à ação delas e ao fato de que a lâmina da faca entortou durante o ataque, a vítima conseguiu escapar com vida.
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou a equipe do Corpo de Bombeiros prestando atendimento à vítima. Apesar das lesões significativas, não foi necessário o encaminhamento hospitalar.
A vítima relatou que já havia sofrido ameaças do agressor anteriormente. Ele dizia que, caso o relacionamento chegasse ao fim, tiraria sua vida. Após cometer o crime, o autor fugiu do local. A Polícia Militar realizou buscas, mas não conseguiu localizá-lo.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: DENUNCIE ANTES QUE SEJA TARDE – Caso como esse reforça a importância de denunciar qualquer forma de violência doméstica. Agressões que começam com xingamentos, ameaças e empurrões podem evoluir para ataques ainda mais graves, podendo, infelizmente, resultar na morte da vítima.
É essencial que as mulheres fiquem atentas a qualquer indício de violência praticado pelo companheiro ou ex-companheiro. O ciclo da violência geralmente segue um padrão: começa com tensão e agressões verbais, seguida de um ataque mais grave, e depois vem o arrependimento do agressor, que promete mudar. No entanto, esse ciclo tende a se repetir, tornando-se cada vez mais perigoso.
Pequenos sinais, como ciúmes excessivo, tentativas de controle, humilhações e ameaças, já são alertas de que a relação pode se tornar abusiva e violenta. Muitas mulheres permanecem em relacionamentos abusivos por medo, vergonha ou falta de apoio, dependência emocional e financeira.
No entanto, é essencial que qualquer tipo de agressão seja denunciado o mais rápido possível. O ciclo da violência tende a se intensificar ao longo do tempo, tornando-se cada vez mais perigoso, declara a Cabo PM Claudia que compõe a Guarnição do 23º Batalhão de Polícia Militar da Rede Catarina de Proteção à Mulher.
Se você está vivendo uma situação de violência ou conhece alguém que esteja, procure ajuda!
O telefone 180 (Central de Atendimento à Mulher) não serve apenas para denúncias. Nele, a mulher pode tirar dúvidas sobre sua situação e verificar se o que está sofrendo se enquadra como violência doméstica, além de receber orientações sobre como proceder.





















