Um trágico caso de maus-tratos resultou na morte de um bebê de apenas um ano e quatro meses em Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina. A Polícia Militar foi acionada pela equipe médica do pronto atendimento municipal no último domingo (27), após a criança dar entrada com sinais de espancamento recorrente.
Apesar do atendimento médico, o bebê não resistiu aos graves ferimentos e faleceu.
A morte da criança está sendo investigada pela Polícia Civil, que trabalha com a forte suspeita de agressões e possível abuso sexual praticados pelos próprios pais. A Polícia Civil informou que a criança apresentava múltiplas lesões pelo corpo, rompimento do fígado e distensão abdominal.
A suspeita de violência sexual se intensificou devido à constatação de “fissuras no ânus e sangramento”.
O menino foi inicialmente levado ao pronto-socorro de Balneário Piçarras com diversas lesões e, posteriormente, transferido para o Hospital Infantil Pequeno Anjo, em Itajaí.
A equipe médica do pronto-atendimento de Balneário Piçarras foi quem inicialmente suspeitou do crime, denunciando o suposto abandono e a gravidade das lesões à Polícia Militar.
A mãe da criança, de 21 anos, e seu companheiro, um adolescente de 17 anos, foram detidos e conduzidos à delegacia de Itajaí ainda no domingo. Na delegacia, foram informados sobre a suspeita de abuso sexual contra o bebê.
De acordo com a PM, o menino apresentava “múltiplos hematomas na cabeça, face, costas e inchaço abdominal, indicando sinais de trauma”. Devido à gravidade dos ferimentos, a criança foi levada de ambulância ao Hospital Infantil Pequeno Anjo, referência regional no atendimento infantojuvenil.
Após a transferência do bebê, a polícia identificou e localizou os dois suspeitos. Testemunhas e vizinhos relataram um histórico de agressões e maus-tratos contra a vítima, além das lesões visíveis.
A mãe foi presa em flagrante pela Polícia Civil pelo crime de tortura. O padrasto, por ser menor de idade, foi apreendido por ato infracional análogo ao mesmo crime.
As autoridades agora aguardam o laudo do exame de necrópsia e possíveis novas diligências determinadas pelo Ministério Público para dar continuidade à investigação.
