Pedreiro é condenado por matar cliente que reclamou de serviço no Paraná

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Segundo o MP, ambos mantinham uma relação de confiança e amizade, e o pedreiro cometeu o crime após a cliente criticar o trabalho dele.

Um pedreiro foi condenado a mais de 19 anos de prisão por matar e ocultar o corpo de uma cliente que reclamou de um serviço realizado por ele em São João do Triunfo, nos Campos Gerais do Paraná.

Segundo o Ministério Público, o crime aconteceu quando o pedreiro, Hélio Aracheski Ochinski, e a cliente, Lucimari Ferrari Ribeiro, foram visitar uma obra que ele estava fazendo em uma casa da família da dela.

De acordo com as investigações, Hélio buscou Lucimari no trabalho, em São Mateus do Sul, e a levou para uma residência na localidade de Fundão, em São João do Triunfo, para mostrar a obra que estava executando no local.

Lucimari teria então criticado a execução do serviço, o que desencadeou grande irritação no pedreiro, que desferiu diversos golpes contra ela, utilizando uma marreta de borracha, a qual utilizava para assentar pisos cerâmicos.

Já desacordada, a vítima foi levada até uma ponte que fica a cerca de 14 km do local, e jogada no rio. As investigações apontaram asfixia por afogamento como causa da morte, de acordo com a promotoria.

O corpo da mulher foi encontrado apenas quatro dias depois, pelo Corpo de Bombeiros após o carro do pedreiro ser localizado abandonado na região.

O crime aconteceu no final da tarde de 4 de outubro de 2023. Na sessão de julgamento, realizada na última terça-feira (8) e divulgada nesta quinta (10), o Tribunal do Júri acolheu as teses do Ministério Público e condenou o pedreiro por homicídio triplamente qualificado (por emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo fútil) e ocultação de cadáver.

Hélio Ochinski permaneceu preso preventivamente durante todo o processo e seguirá detido para o início do cumprimento da pena em regime fechado.

O promotor de justiça Paulo César Pinhata Iemma, que atuou no caso, afirma que o Ministério Público entende que a decisão dos jurados “foi correta e espera que a família da vítima encontre no julgamento conforto pela Justiça ter sido feita”.

Em nota, a defesa de Hélio Aracheski Ochinski afirma que “entende e respeita a decisão soberana do Tribunal do Júri” e destaca expressar solidariedade e respeito à família da vítima.