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Tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu é reclassificado como F4, com ventos acima de 332 km/h

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Simepar concluiu laudo técnico nesta semana; fenômeno é considerado um dos mais destrutivos da história do Paraná.

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A força da natureza que devastou cidades da região central do Paraná no dia 7 de novembro foi ainda mais brutal do que se imaginava.

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) divulgou esta semana a conclusão do laudo técnico que reclassificou para F4 a intensidade dos tornados que atingiram Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava.

Inicialmente, os meteorologistas estimavam que os ventos haviam chegado a 250 km/h (nível F2). Dias depois, novos dados elevaram a estimativa para 330 km/h (F3). Agora, a análise final aponta que os ventos superaram essa marca, colocando o fenômeno na categoria de “devastador”.

O que significa um Tornado F4?

A classificação utiliza a Escala Fujita, que mede a intensidade dos tornados baseada nos danos causados:

  • F0 a F1: Danos leves a moderados.
  • F2 e F3: Danos consideráveis a severos.
  • F4 (Devastador): Ventos estimados entre 332 km/h e 418 km/h. Nesta categoria, estruturas sólidas podem ser arrancadas do chão e carros transformados em projéteis.
  • F5 (Incrível): O nível máximo, com ventos acima de 418 km/h.

Destruição e vidas perdidas

Em Rio Bonito do Iguaçu, cidade com cerca de 14 mil habitantes, o impacto foi catastrófico: 90% da área urbana foi destruída. Segundo a Defesa Civil, quase 1,5 mil casas foram danificadas, afetando mais de 11 mil pessoas e deixando cerca de 1,1 mil desabrigadas ou desalojadas.

O desastre resultou na morte de seis pessoas em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava. No total, as autoridades contabilizaram pelo menos 835 feridos em todo o estado que necessitaram de atendimento médico.

Corredor de Tornados

O evento extremo reacendeu o debate sobre a geografia climática da região. Especialistas em climatologia apontam que o Paraná está localizado no segundo maior corredor de tornados do mundo, ficando atrás apenas das “pradarias centrais” dos Estados Unidos.

As características de relevo plano e áreas de baixa altitude favorecem a formação desses fenômenos, tornando o estado uma das regiões mais propensas a tragédias ambientais dessa natureza no planeta.

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