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Frigorífico pretende sacrificar 650 mil aves por causa de unidade interditada no oeste catarinense

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O impasse em relação à unidade da JBS, nu municúpio de Ipumirim,  no Oeste de Santa Catarina, teve novas pressões nesta sexta-feira (29) com manifestações da empresa e da prefeitura do município.

Interditado desde o dia 18 por causa de um surto de coronavírus entre os funcionários, o frigorífico da Seara Alimentos responde sozinho por 60% da arrecadação da cidade de 7,5 mil habitantes.

O frigorífico na cidade tem mais de 1,4 mil funcionários e processa diariamente 135 mil aves.
Em ofício enviado à Secretaria de Estado da Agricultura nesta sexta, a Seara pede autorização do Estado para fazer o sacrifício (abate sanitário) de 650 mil aves que estão paradas nas propriedades de parceiros da indústria. 

Segundo o documento, as aves precisam ser abatidas até segunda-feira (1º) para estarem aptas ao consumo, caso contrário serão sacrificadas e descartadas.

Com o pedido, a empresa reforça o apelo que vem sendo feito pela prefeitura de Ipumirim para a reabertura do frigorífico. O prefeito da cidade, Volnei Schmidt, já fez o pedido ao Ministério da Economia e, nesta sexta, informou que está buscando apoio de deputados para, entre outras tentativas, entrar com uma ação civil pública na Justiça pedindo a retomada da fábrica.

A empresa alega que tomou todas as providências, fizeram tudo que era necessário. São mais de 1500 empregos e já estudam a possibilidade de fechar a unidade em Ipumirim se isso não se resolver. A gente quer um consenso para resolver esse problema – disse Eskudlark.

A unidade foi interditada no dia 18 de maio após uma fiscalização da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, órgão vinculado ao Ministério da Economia, que apontou uma série de problemas nas ações de prevenção ao coronavírus no local. 

Segundo o Ministério Público do Trabalho, pelo menos 86 trabalhadores da unidade tiveram exame positivo para Covid-19.

Além da ameaça de sacrificar as aves, a JBS de Ipumirim já teria também anunciado a suspensão de alojamentos e, consequentemente, de todas as atividades na cidade caso o frigorífico não consiga autorização para voltar a funcionar.

*Com informações do DC

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