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Fezes de rato em panetones viram caso de polícia no litoral paulista

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Panetones comprados por cliente continham furos nas embalagens e fezes de rato no produto. Foto: Wellington Melo/Arquivo pessoal

Após aproveitar uma promoção e comprar um lote com 25 panetones em um atacadista na Praia Grande, litoral de São Paulo, um casal se assustou ao chegar em casa e descobrir que oito das caixas apresentavam perfurações. Os alimentos continham fezes de ratos. 

Os panetones contaminados foram retidos para encaminhamento ao Instituto Adolfo Lutz, onde serão examinados. 
O gerente comercial Wellington Souza de Melo, 35 anos, conta que compareceu com a mulher, no início da tarde de ontem (9),  a uma das lojas da rede atacadista Assaí, na Praia Grande, para fazer compras e que, ao se depararem com uma oferta de panetones, oferecidos em uma gôndola no corredor principal do estabelecimento, decidiram comprar vários. 
Os dois encheram o carrinho, mas, ao chegar em casa, tiveram a surpresa desagradável.

“Compramos uma boa quantidade de panetones para fazer doação. Até distribuímos alguns para os vizinhos. As crianças começaram a comer e, quando fomos pegar as outras caixas do porta-malas, vimos rasgos nas caixas. Até que nós vimos um buraco gigantesco no panetone, com um monte de sujeira dentro e fezes de rato”, relata Melo. 

O gerente comercial diz que sua intenção ao denunciar o caso é alertar as pessoas para que confirmem antes de levar para casa produtos comprados de grandes redes atacadistas. 

“Graças a Deus o panetone que os meus filhos comeram não estava violado. Depois vimos isso. Mas e se eles tivessem comido o panetone fezes de ratos?”

Melo conta que, ao notar a irregularidade, voltou ao mercado e chamou o gerente, que teria ido até o carro para comprovar a sua versão. 

“Mostramos a mercadoria que ainda estava fechada. Ele abriu e estava lá o panetone, todo comido, com buraco, cheio de sujeira. Ele viu e ofereceu para trocar. Falamos que não queríamos. Ele disse que só poderia fazer isso e nós dissemos que iríamos prestar queixa.” 

Depois disso, o casal recorreu à Vigilância Sanitária, onde foi instruído a prestar queixa na delegacia. 
Apesar do susto, a família passa bem e não foi necessário buscar atendimento médico. O gerente comercial quer agora entrar com uma ação contra o atacadista, para que absurdos como esse não voltem a ocorrer com outras pessoas. 

“Como um repositor não vê isso? Eu, que sou consumidor, só notei ao chegar em casa. Mas e eles, ao colocarem os produtos na gôndola?” 

Ressarcimento integral mediante nota fiscal 
Em nota encaminhada à imprensa, a assessoria do Assaí informou que as condições relatadas não condizem com o padrão operacional da companhia. E esclarece que a rede, ao ser procurada pelos consumidores, colocou-se à disposição para realizar o ressarcimento integral do valor mediante a apresentação da nota fiscal. 
“Ressaltamos que o produto apresentado é comercializado fechado, sem manipulação pela loja, e que todas as unidades foram preventivamente retiradas da da área de vendas e encaminhadas para a análise técnica”, conclui a assessoria do atacadista.