Onze pessoas, denunciadas por tráfico, foram condenados com penas que variam de 5 a 22 anos de prisão. Elas foram acusadas de traficar drogas – especialmente maconha, cocaína, crack e ecstasy – em seis municípios catarinenses, usado como fachada uma boate, que na verdade era uma casa de prostituiçao em Apiúna, no Vale do Itajaí.
Da casa de prostituição, o grupo distribuía drogas em Rio do Sul, Ibirama, Presidente Getúlio, Lontras e Taió.
As investigações demonstraram que o chefe do grupo e sua companheira comandavam o tráfico a partir da boate da qual eram proprietários em Apiúna.
A boate era gerenciada, em momentos distintos, pela irmã e pelo pai do chefe do grupo, que a mando dos proprietários coordenavam o tráfico no local.
Também tinham posição importante na associação a mãe e a tia do chefe e mais um integrante. A primeira e a segunda auxiliavam na estocagem de drogas para o grupo em Penha, no litoral catarinense, enquanto o terceiro, além de informar aos superiores as movimentações de usuários de drogas e da polícia, era o responsável pelo transporte das drogas de Penha a Apiúna, bem como pelo mapeamento de novos pontos para exploração do tráfico.
A mãe foi condenada a 14 anos de reclusão mais um ano de detenção pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas e de posse e porte ilegal de arma de fogo, e a tia foi condenada a 12 anos e dez meses de reclusão por tráfico e associação para o tráfico de drogas e de porte ilegal de arma de fogo.
De Penha, a droga era ainda trazida até Apiúna por outro integrante do grupo, condenado a nove anos de reclusão por tráfico e associação para o tráfico de drogas.
Todo o grupo fazia a venda direta aos usuários, atividade que contava com apoio, ainda que esporádico, de mais duas pessoas, condenadas a sete anos e 11 meses e a cinco anos e 10 meses de reclusão, também por tráfico de drogas.
A sentença condenando o grupo de criminosos foi proferida pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca de Ibirama no dia 26 de janeiro. Além das penas de prisão, os envolvidos deverão pagar multas que somam cerca de R$ 600 mil.
Nove dos réus, presos preventivamente ainda na fase de investigação, não poderão apelar da sentença em liberdade. Os nomes dos condenados foram omitidos em função de o processo estar sob segredo de justiça. A decisão é passível de recurso.