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Médica acusada de matar pacientes em UTI de hospital em Curitiba vai a júri popular

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Segundo denúncia do Ministério Público, o objetivo era liberar leitos na unidade.

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Virgínia Soares de Souza e outros quatro réus, irão a júri popular por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, acusados de anteciparem mortes de sete pacientes do Hospital Evangélico de Curitiba, considerado um dos maiores da capital, entre 2006 e 2013.

A médica Virgínia Soares deve responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

O caso veio à tona em 2013, quando a polícia prendeu Virgínia e outros funcionários da UTI, subordinados à médica. De acordo com a denúncia, eles usaram técnicas médicas para que sete pacientes viessem a óbito, com o objetivo de liberar leitos na unidade.

Uma das pacientes que morreu era uma mulher de 35 anos, que estava internada na UTI do hospital após uma cirurgia cesariana. A paciente morreu no dia 12 de janeiro de 2012, conforme o Ministério Públicodo Paraná.

A outra paciente era uma adolescente, de 16 anos. Segundo a denúncia, a jovem foi transferida de um hospital em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, com queimaduras de segundo e terceiro graus. A adolescente morreu no dia 29 de outubro de 2012.

A denúncia cita que Virgínia “se considerava onipotente no gerenciamento da UTI e detentora do poder de decretar o momento da morte do paciente-vítima”.

Os advogados informaram que “a defesa sempre confiou na Justiça e em todas as provas periciais e testemunhais do processo que indicaram inexistência de fato criminoso e irá recorrer em todas as instâncias”.

O julgamento deste caso deve ser retomado no dia 10 de junho apenas para definição se serão julgados pelo crime de homicídio simples ou qualificado.