refis

tres_barras

CoronaVac é a vacina com menos efeitos adversos, revelam estudos

Avatar photo
Tecnologia empregada na CoronaVac, de vírus inativado, é uma das mais estudadas e seguras do mundo.

LEIA TAMBÉM

Um estudo publicado na revista científica Lancet Infectious Diseases revelou que a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac contra a Covid-19, causa efeitos adversos em apenas 29% a 33%, e todos muito leves (como dor no braço ou fadiga passageira).

É um dos menores índices de efeitos adversos entre todas as vacinas aprovadas até o momento para uso emergencial pela Organização Mundial de Saúde.

O estudo foi realizado por pesquisadores dos Centros de Controles de Doenças das províncias de Hangzhou, Nanjing e Jiangsu, na China, cientistas da Academia Chinesa de Ciências e pesquisadores da Sinovac, com 744 voluntários que participaram dos ensaios clínicos de fase 1 e 2 da CoronaVac.

No Brasil, dados sobre a segurança da vacina do Butantan foram obtidos em ensaios clínicos de fase 3 com 9 mil voluntários em 2020.

As manifestações indesejadas foram muito leves e não foi necessária atenção médica maior. No Projeto S, estudo clínico realizado pelo Butantan na cidade de Serrana, em São Paulo, foram administradas 54.882 doses na população adulta do município e não houve nenhum relato de evento adverso grave relacionado à vacinação.

Outro indicador que atesta a segurança da CoronaVac é que, até hoje, a área de Farmacovigilância do Butantan não recebeu nenhum relato de trombose associado à vacinação – um dos efeitos adversos já relatados em outras vacinas contra a Covid-19.

Tais resultados contrastam com as conclusões observadas em estudos com as demais vacinas contra a Covid-19 – embora não seja possível comparar diretamente os resultados de pesquisas, pois os grupos estudados são diferentes, assim como as metodologias de análise.

Entre 70% e 75% dos norte-americanos que tomaram vacinas feitas com a tecnologia do RNA mensageiro como a Pfizer relataram experimentar efeitos adversos, percentual que subiu para 86% a 88% entre pacientes britânicos que tomaram a vacina AstraZeneca/Oxford, feita com a tecnologia de vetor viral.

Já no caso da vacina da Janssen, também de vetor viral, entre 35% e 62% dos entrevistados relataram efeitos adversos.

A tecnologia empregada na CoronaVac, de vírus inativado, é uma das mais estudadas e seguras do mundo. O vírus é replicado e, posteriormente, morto.

Assim, não é capaz de se multiplicar no corpo e adoecer o organismo, mas consegue desencadear a produção de anticorpos e produzir resposta imunológica.
*Este texto é uma colaboração do jornalista científico Peter Moon para o portal do Instituto Butantan

Notícia Anterior

POLÍCIA
Policial reage a assalto e mata dois suspeitos no norte catarinense

Próxima Notícia

DESCUIDO
Morador põe feijão pra cozinhar, vai dormir e casa quase pega fogo

VOCÊ VIU?