O motorista bêbado suspeito de causar o acidente que resultou na morte de Alícia Bindemann, de 5 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) é desta segunda-feira (20).
O acidente ocorreu no domingo (19) na BR-280 em Rio Negrinho. O carro em que a menina estava foi atingido de frente por outro automóvel.
Quando os socorristas chegaram ao local do acidente, a menina ainda estava viva, no colo da mãe, Michelle. No carro, o padrasto de Alícia ficou preso às ferragens e precisou ser desencarcerado. O filho dele, um menino de 10 anos, também ficou ferido e teve alta nesta segunda.
De acordo com a mãe, a menina estava na cadeirinha no momento do acidente. Os bombeiros informaram que devido a gravidade dos ferimentos, a suspeita é que o equipamento não estivesse adequadamente preso.
Decisão
O condutor que causou o acidente recebeu atendimento médico e foi liberado. Ele fez o teste do bafômetro oito horas após o acidente e o resultado deu positivo para a presença de álcool.
O homem foi preso em flagrante. Em depoimento, o homem admitiu ter ingerido bebida alcoólica durante um evento e no momento do acidente ele voltava para casa, em São Bento do Sul.
Na tarde desta segunda (20) a prisão em flagrante foi convertida em preventiva e ele foi encaminhado ao presídio. Na decisão, o juiz Marcus Dexheimer escreveu que “a segregação cautelar é absolutamente necessária para garantia da ordem pública, evitando que [nome do motorista] volte a conduzir em via pública e inibindo condutas similares”.
Também disse que “se o indivíduo é capaz de ingerir bebida alcoólica e dirigir em rodovia durante a madrugada, não será uma eventual suspensão do direito de dirigir que o inibirá de voltar a conduzir irresponsavelmente”.
De acordo com a decisão, a defesa do motorista pediu o relaxamento da prisão em flagrante, alegando que o bafômetro usado estava descalibrado e, portanto, impreciso. Porém, o juiz escreveu que a regularidade do aparelho foi constatada através de laudo.
A defesa também pediu a liberdade do motorista argumentando que ele tinha bons antecedentes.