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Vai a júri o último dos denunciados pela morte de menina de 5 anos no Sul do estado

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A criança foi a única vítima fatal da emboscada armada pelos autores do crime contra um adolescente que atuava em um grupo rival no tráfico de drogas.

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A inocência dos cinco anos de Ana Carolina Alexandre Sorato foi sepultada pela audácia de uma disputa que teve como pano de fundo o tráfico de drogas em Tubarão, no Sul de Santa Catarina.

O último dos cinco denunciados pela morte da menina, em uma emboscada motivada por vingança e disputa pelo tráfico ocorrido em maio de 2014 será julgado pelo Tribunal do Júri no dia 27 de janeiro.

Cleiton Stanck Silveira é réu pelo homicídio qualificado de Ana Carolina Alexandre Sorato – que tinha 5 anos quando foi assassinada – e por três tentativas de homicídio praticadas contra um adolescente, de 17 anos, e duas mulheres que estavam no carro alvejado durante o atentado.

Os outros três denunciados que atuaram com Cleiton já foram condenados. Cleiton foi processado depois deles e só será julgado agora por ter conseguido fugir e se manter foragido por aproximadamente cinco anos. 

A morte da menina causou revolta na opinião pública de Tubarão, à época, pois os acusados alvejaram o veículo onde estava o adolescente que pretendiam matar sabendo que havia outras pessoas com ele no veículo, inclusive a criança, que era filha do suposto chefe de uma facção rival, que não estava com as vítimas. 

Cleiton planejou a morte do adolescente e a emboscada para cometer o crime motivado pela vingança. Para atrair a vítima, ele persuadiu uma outra adolescente a criar um perfil falso em uma rede social se passando por uma garota que estaria interessada na vítima.

O adolescente seria morto para que Cleiton demonstrasse poder e se vingasse pela morte de um outro integrante de seu grupo que teria sido assassinado pela facção rival, comandada pelo pai da menina.

O adolescente acreditou que a garota era real e marcou um encontro com ela. A emboscada estava correndo como Cleiton e o seu grupo imaginavam.

No local do encontro, porém, o adolescente chegou acompanhado. Mesmo assim, os autores da armadilha não recuaram e, segundo as apurações, ainda teriam decidido que seguiriam com o plano e matariam os demais ocupantes do carro.

O veículo foi alvejado pelo menos sete vezes. O adolescente foi atingido por dois tiros, mas sobreviveu.

Sentada no banco de trás do Logan conduzido pela própria mãe, Ana Carolina foi atingida também por dois disparos, mas um dos projéteis acertou a sua cabeça e ela morreu na hora.

Durante as investigações, apurou-se que parte do integrantes da organização criminosa, em vista da repercussão do assassinado da criança Ana Carolina, mudou-se temporariamente para a vizinha cidade de Laguna, levando consigo armamento e drogas para fracionamento e embalagem, a qual seria destinada à venda nos pontos de drogas que mantinham em Tubarão.

Cleiton e os demais comparsas foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e emboscada) e três tentativas de homicídio, com as mesmas qualificadoras, além de corrupção de menor, por terem utilizado outra adolescente para ajudá-los nos crimes – três foram condenados por todos os crimes.

Polícia diz que menina assassinada no Sul de SC foi vítima do tráfico de drogas | NSC Total

Sepultamento ocorreu em local não divulgado

A Polícia Civil tratou os detalhes do velório e sepultamento de Ana Carolina com sigilo. Na na empresa que fez os serviços fúnebres da menina, tudo estava pronto para que o velório ocorresse em Tubarão. No entanto, o corpo dela foi levado para outra cidade da região, não divulgada pela polícia.

Durante o percurso até o município onde ocorreu o sepultamento, a Polícia Civil e o Grupo Tático da Polícia Militar (PM) teriam escoltado o corpo e familiares.

A informação não foi confirmada nem negada pelo delegado responsável pelo caso, Rubem Teston da Silva, que também teria participado da escolta.

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